| Resumo |
Este trabalho investiga o perfil e caminhos traçados pelos/as estudantes cotistas dos Programas de Pós-graduação dos Centros de Ciências Humanas e Centro de Ciências Exatas da UFV, ingressos a partir de 2025/01, 2025/02 e 2026/01. Tendo por base as ações afirmativas via política de cotas, institucionalizada na Lei 12711/2012, que garantem a entrada de estudantes negros/as em programas de pós-graduação e a publicação da Portaria Normativa do MEC nº 13 de 2016 - que recomenda a criação de ações afirmativas na pós-graduação - várias universidades e programas de pós-graduação implementam políticas para inclusão de grupos historicamente excluídos desse nível de ensino, como pessoas com deficiência, indígenas e negras. Assim, além de mapear o perfil dos estudantes cotistas, identificar quantos programas adotam o sistema de cotas do CCH e do CCE da UFV, compreender as razões que motivaram os/as estudantes a cursarem o Programa de Pós-graduação e identificar os desafios e estratégias utilizadas para permanecerem no curso. Utiliza-se como referencial teórico a autoetnografia negra feminista, interseccionalidade, história dos movimentos negros e as políticas de ações afirmativas na Pós-Graduação. A pesquisa utilizada será mista (quanti e quali), com abordagem metodológica embasada na autoetnografia feminista negra, questionário e a realização de entrevistas semi estruturadas. Assim, para o levantamento das informações sobre os/as estudantes cotistas utilizaremos dos questionários estruturados aplicados virtualmente aos estudantes cotistas 2025/01, 2025/02 para fazer um quadro de dados social, racial e acadêmico. As entrevistas semiestruturadas ocorrerão de modo presencial ou online via plataforma Google Meet. Além disso, analisaremos os documentos e legislações sobre cotas raciais. Os dados quantitativos serão tabulados e organizados, para identificar os programas e o perfil dos estudantes cotistas. Os dados qualitativos, serão tratados a partir de uma análise interseccional buscando compreender significados, desafios e estratégias utilizadas pelos/as sujeitos da pesquisa. Espera-se que esta pesquisa possa mover mudanças estruturais que erradiquem o racismo e o sexismo nas instituições de ensino superior brasileiras. |