Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21328

ISSN 2237-9045
Instituição Colégio Anglo Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Fernando Augusto Vasconcellos de Bragança Vaz
Orientador Marco Paulo Andrade
Outros membros Ester Ferreira de Laia, heitor da rocha reis de andrade
Título Revisão bibliográgica sobre Dificuldades no Acesso a Serviços Médicos no Brasil (2020–2025)
Resumo O acesso universal à saúde é um princípio fundamental do Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda enfrenta inúmeros desafios no Brasil, especialmente entre grupos socialmente vulneráveis e em regiões geográficas afastadas. Esta revisão integrativa teve como objetivo reunir e analisar artigos publicados na base SciELO Brasil, entre 2020 e 2025, que abordam as principais dificuldades enfrentadas pelos brasileiros ao procurar serviços médicos, utilizando a metodologia PRISMA para sistematização da busca e seleção dos dados. Seis estudos foram selecionados e revelam um panorama preocupante sobre o acesso à saúde. As barreiras estruturais e sociais são as mais recorrentes. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 indicam que cerca de 18% dos brasileiros acima de 19 anos não conseguiram atendimento quando necessário, sendo os mais afetados os moradores das regiões Norte e Nordeste, pessoas negras, mulheres, populações com baixa escolaridade e residentes de áreas rurais. Em regiões remotas da Amazônia, como o oeste do Pará, o acesso à Atenção Primária à Saúde (APS) é limitado pela distância física, escassez de profissionais e infraestrutura precária. A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais essa situação, especialmente entre mulheres negras de baixa renda, que foram desproporcionalmente impedidas de acessar serviços básicos durante o período mais crítico da crise sanitária. No que diz respeito à satisfação dos usuários com a APS, os estudos apontam que o acesso é mais efetivo quando há boa escuta, agilidade no atendimento, continuidade do cuidado e resolutividade no primeiro contato, fatores ainda ausentes em muitas localidades. Além disso, na atenção ambulatorial especializada, as longas listas de espera para consultas, exames e cirurgias tornam-se obstáculos críticos. Tais filas, quando não geridas de forma transparente, levam à judicialização da saúde por parte de pacientes que não encontram alternativa. Iniciativas recentes como a Política Nacional de Atenção Especializada propõem mecanismos de controle das listas, com critérios de prioridade e monitoramento constante. Os dados analisados convergem para uma conclusão clara: o sistema de saúde brasileiro ainda falha em garantir equidade no acesso. A ausência de profissionais em determinadas regiões, a precariedade na infraestrutura, a burocracia nos fluxos de atendimento e a insuficiência de políticas específicas para populações marginalizadas são os principais gargalos. Superar essas barreiras requer o fortalecimento da APS com investimento em acolhimento, infraestrutura e equipe, bem como a implementação de estratégias eficazes para a gestão da atenção especializada. A garantia do direito à saúde passa pela escuta ativa, presença do Estado onde ele mais falta e gestão eficiente dos recursos públicos. Essa revisão demonstra que o desafio do acesso pleno e igualitário à saúde no Brasil ainda persiste e deve ser encarado como prioridade política e ética.
Palavras-chave saúde, sus, recurso
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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