Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21261

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Angélica Cristiane Soyer
Orientador SOLANGE SILVEIRA PEREIRA
Outros membros Roberta Costa Lima de Oliveira
Título Avaliação do risco de Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo e fatores associados em pacientes assistidos em ambulatório de atendimento nutricional para doenças gastrointestinais
Resumo As doenças gastrointestinais podem ser orgânicas ou funcionais, caracterizadas por sintomas ligados à hipersensibilidade visceral, motilidade alterada e disfunções no eixo intestino-cérebro. A qualidade da dieta pode influenciar/aliviar os sintomas em pacientes que relacionam alimentos ao agravamento da doença, entretanto, restrições inadvertidas, sem devida orientação profissional, podem comprometer o estado nutricional. Pacientes podem desenvolver Transtornos Alimentares, como o Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo(TARE) como forma de evitar ou prevenir sintomas. O TARE é caracterizado por restrição/evitação na ingestão ou variedade de alimentos, e é motivado pela aversão às características sensoriais e medo de consequências aversivas, incluindo aumento nos sintomas gastrointestinais. Diante do exposto observa-se a importância de avaliar o risco de TARE na população atendida em ambulatório nutricional para doenças gastrointestinais e os fatores associados. Objetivou-se estimar a frequência do risco de TARE e fatores associados em pacientes assistidos em ambulatório de atendimento nutricional para doenças gastrointestinais. Trata-se de estudo transversal observacional, realizado entre 09/2024 a 07/2025. A investigação foi feita com base nas informações coletadas na primeira consulta. O risco de TARE foi avaliado usando o escore Nine Item Avoidant/Restrictive Food Intake Disorder screen(NIAS). Foram coletados em formulário próprio: dados gerais, sintomas, alimentos que geram desconfortos. A ingestão diária de macro e micronutrientes foi coletada no R24h, analisado no Webdiet, com a EAR(DRIs) como referência de adequação. A análise estatística foi feita usando o GraphPad Prism. Os dados foram expressos em mediana(IIQ). A associação do risco de TARE com sintomas, alimentos e ingestão de macro e micronutrientes foi avaliada pelo qui-quadrado de Pearson ou Teste exato de Fisher. Foi considerada significância estatística p<0,05. Foram avaliados 53 pacientes. Sendo 81% mulheres, mediana de idade 29(20-49)anos, maioria estudante (53%). Do total, 15 pacientes (28%) foram classificados com risco de TARE conforme a pontuação do NIAS. A frequência de sintomas foi: ansiedade (22%); estresse (21%); distensão abdominal (20%); azia (16%); excesso de gases (16%); má digestão (15%); náuseas e vômitos (14%); tristeza (13%); cansaço (14%); refluxo (12%); dor de cabeça (12%) . Os alimentos que mais causam desconfortos foram lácteos (53%) e alimentos fritos e gordurosos (52%). Foi observada mediana de inadequação na ingestão de fibras, vitaminas, A, D, C, E, B12, Cálcio e Ferro. Não foi encontrada associação entre o risco de TARE com qualquer sintoma ou alimento. Porém, foi observado que o risco de TARE está associado à ingestão inadequada de vitamina C e Cálcio (p < 0,05). Conclui-se que o TARE pode influenciar negativamente na ingestão alimentar demonstrado nesse estudo pela associação com inadequação da ingestão de vitamina C e Cálcio.
Palavras-chave Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo, Consumo Alimentar, Trato Gastrointestinal
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
Gerado em 0,69 segundos.