Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21238

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Letras
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Anna Beatriz de Almeida Basílio
Orientador JOELMA SANTANA SIQUEIRA
Título A Revista Verde, de Cataguases: Modernismos nas margens do Brasil
Resumo Este artigo analisa o movimento modernista de Cataguases (MG) e sua plataforma de difusão, a Revista Verde (1927-1929), enquanto manifestação relevante para a compreensão da pluralidade do Modernismo brasileiro. Sustenta-se que o grupo mineiro ultrapassou a condição de mero receptor das ideias oriundas do modernismo paulista, ao associar as conquistas formais às questões sociais inseridas no contexto local. A análise do periódico evidencia a maneira pela qual o grupo conciliou a experimentação estética a um aguçado senso de realidade regional, de modo a estabelecer interlocução profícua com o regionalismo crítico característico da geração de 1930. Entende-se, assim, que o estudo da experiência da Verde enriquece a percepção de uma modernidade complexa, pois demonstra que a renovação cultural no Brasil floresceu, também, nas zonas consideradas periféricas, com vigor e singularidade. Para além da defesa da liberdade formal, expressa na adoção do verso livre e no repúdio aos modelos parnasianos, a Revista Verde consolidou-se como veículo de circulação e legitimação de obras literárias inovadoras. O periódico acolheu jovens intelectuais profundamente imbricados nos debates culturais contemporâneos, mas igualmente atentos às contradições socioeconômicas do processo de modernização vivido na Zona da Mata mineira. Ao reunir colaboradores provenientes de diferentes regiões do Brasil e de países latino-americanos, a revista articulou um projeto de regionalismo, afastado de perspectivas meramente pitorescas, voltado à construção de uma literatura autenticamente brasileira e comprometida com a realidade nacional. A análise em curso demonstra, portanto, que a Verde se firmou como espaço privilegiado de vanguarda literária, integrando-se ao movimento mais amplo de abrasileiramento da produção cultural, além de constituir testemunho relevante do trânsito de ideias modernistas para além dos grandes centros urbanos. Reconhecer a contribuição do grupo de Cataguases revela-se, portanto, essencial para compreender os Modernismos brasileiros sob a perspectiva plural, com vistas a reafirmar que a modernidade literária nacional se edificou nas interações e tensões que emergiram nos interstícios culturais do país.
Palavras-chave Modernismos brasileiros, Revista Verde, Cataguases.
Forma de apresentação..... Painel
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