| Resumo |
O presente trabalho foi elaborado a partir da experiência do PIBID, da UFV, pelo Núcleo de História, coordenado pela professora Vanessa Lana, na E. E. Pe. Álvaro Corrêa Borges, na disciplina de História, orientado pela professora-supervisora do programa, Tatiana M. F. da Silva. Realizado no 8º ano, por meio de metodologia de ensino ativa, os alunos se tornam agentes do conhecimento e a dinâmica passa a ser conduzida a partir de suas argumentações, narrativas e impressões do mundo que os cerca. A atividade fora executada em três etapas, no qual o eixo a ser desenvolvido, foi introduzido pelo tema do Iluminismo, como confere à habilidade a ser trabalhada na BNCC, no código EF08HI01 “Identificar os principais aspectos conceituais do iluminismo e do liberalismo e discutir a relação entre eles e a organização do mundo contemporâneo”. A primeira aula foi dada de modo expositivo, a fim de que os alunos conhecessem os princípios norteadores que originou a ideia do Estado de Direitos, seus filósofos iluministas e econômicos, e a fabulação sobre um “Período das Trevas” em contraposição a um “Período das Luzes”. A segunda parte, teve como objetivo apresentar aos alunos estatutos de Direitos em vigência no Brasil, com a Constituição de 1988, no mundo, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e também o ECA, com intuito de contextualizar e aproximar o cotidiano dos alunos com o que se consta na garantia da lei de um país, a partir da postulação de Montesquieu. Como última etapa, a culminância seria inserir os alunos, segundo a repartição dos Três Poderes, introduzindo-os no exercício prático de Cidadania por meio de uma simulação de um tribunal. Foi feita a divisão das instâncias de Poder, Executivo, Legislativo, Judiciário e a participação da sociedade civil. Essa atividade trouxe uma situação-problema a ser debatida pelos alunos, que por meio do sorteio fora decidido o que cada um representaria. Os estudantes deveriam debater argumentativamente a partir do que eles entendiam como estatutos de direitos, tendo que se ancorar no material impresso, sendo todos participantes da plenária. A situação-problema escolhida fora uma proposição fictícia assinada pelo prefeito de Viçosa, que determinava o corte de merendas nas escolas até segunda ordem, ao que se declarava necessária para o redirecionamento de verba para uma reforma material nas instâncias escolares. Como efeito, alguns alunos assumiram a postura de deputados contra e outros a favor, e toda a turma, expressivamente, se dedicou a discutir a partir de suas experiências, os que eram afetados diretamente e os que não sentiriam essa transformação, as razões pelas quais cada um mantinham suas posições, e o que estava ou não ancorados nas Diretrizes Legais. Alguns alunos leram que, segundo a Constituição, a proposição se fazia inconstitucional, houve também algumas falas direcionadas a manifestações a partir da ilegalidade, evidenciando também a relação de familiaridade com a violência e o cotidiano. |