Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21162

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Miguel Soares de Oliveira
Orientador KAIO OLIMPIO DAS GRACAS DIAS
Outros membros Gabriel Mazetti Blasques, João Marcos Amario de Sousa
Título Aprimoramento na recomendação de híbridos de milho por predições ambientômicas, GIS‑FA
Resumo As interações genótipo × ambiente (G×E) representam um desafio no melhoramento genético pois a mudança na classificação de desempenho dos cultivares entre diferentes locais (interações complexas) dificulta a seleção de um único genótipo superior com ampla adaptabilidade. Superar essa limitação fomenta o uso de metodologias que integrem dados fenotípicos, moleculares e ambientais articulando-os em modelos preditivos. A abordagem GIS-FA combina ambientômica, técnicas de Sistemas de Informações Geográficas (GIS), regressão PLS e modelos fator analítico (FA), permitindo prever a resposta genotípica em ambientes não testados; otimizando a recomendação de cultivares, reduzindo custos de ensaios experimentais e acelerando o ganho genético com eficácia. Objetivou-se predizer o desempenho de híbridos de milho para ambientes não testados via GIS-FA. Utilizamos dados fenotípicos da iniciativa “Genomes to Fields” para avaliar o desempenho de 239 híbridos de milho em 50 ambientes (combinações local-ano) os quais estão distribuídos por 13 estados dos EUA durante as safras de 2022 e 2023. Para a caracterização ambiental, compilamos 104 covariáveis, obtidas das bases de dados NASA POWER e SoilGrids, em uma série temporal de 20 anos (iniciada em 2005). Realizamos a análise da interação GxE por meio de um modelo FA, extraímos suas cargas fatoriais e utilizamos-as para treinar um modelo de regressão PLS; a partir dessa etapa, estabelecemos relação entre as covariáveis (clima e solo) e cargas. Uma vez treinado, o modelo PLS é capaz de prever as cargas fatoriais dos ambientes não testados, utilizando apenas as informações ambientais desses novos locais. Por fim, o desempenho predito dos híbridos nos ambientes não testados é calculado por meio da combinação linear entre essas cargas fatoriais preditas e as escores estimadas previamente. A eficácia da abordagem foi comprovada ao passo que foram preditos os eBLUPs dos genótipos em com uma acurácia de 0,49. Materializamos os resultados em mapas temáticos: os de “desempenho individual” detalham a adaptabilidade de cada genótipo, identificando geograficamente seus nichos de produtividade; a análise "quem-ganha-onde" designa o cultivar de melhor performance para cada região, enquanto a comparação par-a-par fornece uma ferramenta de comparação direta entre duas cultivares facilitando a decisão. Concluímos que a abordagem orientada por dados aprimora as estratégias de seleção, permitindo a recomendação de cultivares em ambientes não testados e garantindo decisões mais precisas e um uso mais eficiente dos recursos financeiros.
Palavras-chave Sensoriamento remoto, Interação genótipo‑ambiente, Predição em ambientes não testados
Forma de apresentação..... Painel
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