Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21158

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Educação Infantil
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Silvia da Conceição Fideles
Orientador BETHANIA DE ASSIS COSTA GOULART
Título Pelas lentes das crianças: as potencialidades dos arranjos espaciais semiabertos na educação infantil
Resumo A organização do espaço físico escolar se configura uma linguagem capaz de evocar sentimentos, provocar comportamentos e potencializar as vivências das crianças, ao passo que também pode dificultar as suas experiências. Um espaço físico que valorize as linguagens das crianças através do brincar possibilita vivências significativas e prazerosas, oportunizando condições favoráveis à construção do conhecimento. Nesse sentido, os arranjos espaciais semiabertos favorecem as aprendizagens das crianças através do brincar em diferentes ambientes e recursos físicos. Mas, é importante saber das crianças quais suas perspectivas sobre o espaço escolar, no qual vivenciam o processo educacional e onde passam a maior parte do dia e da infância. Por isso, o objetivo do estudo foi conhecer as potencialidades da organização física em arranjos semiabertos pela ótica das crianças. Os objetivos específicos foram: conhecer as ideias das crianças sobre a organização em áreas de interesse de sua sala e identificar as potencialidades das áreas de interesse. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética (UFV) com participação de 12 crianças de 5 anos de idade, do Laboratório de Desenvolvimento Humano (UFV). A escolha dessa instituição considerou o espaço físico organizado nas seguintes áreas de interesse: silenciosa, de ciências, de brinquedo dramático, de brinquedo manipulativo, de blocos, de artes e externa. Optou-se pela produção fotográfica pelas crianças e roda de conversa para a construção dos dados. A análise de conteúdo foi utilizada no tratamento dos dados, com objetivo de identificar os elementos recorrentes nas falas das crianças para categorização. As crianças demonstraram compreender o objetivo das áreas e seus recursos relacionando-os aos seus propósitos de aprendizagem. Nos relatos de vivências no espaço externo, ressaltaram a necessidade de contato com os elementos da natureza e o desejo por movimento, evidenciando a necessidade do desemparedamento. As narrativas apresentaram uma noção temporal embasada nas ações que exerciam durante a rotina nas áreas de interesses, a qual também favorece a interação entre as crianças e adultos. As crianças relataram brincar e fazer atividades, desmistificando a divergência entre aprender e brincar no espaço escolar, citam ainda exemplos da presença das aprendizagens durante as brincadeiras/atividades. As potencialidades do arranjo espacial semiaberto para o desenvolvimento e aprendizagem são reconhecidas nas narrativas das crianças, que demonstraram compreender sua intencionalidade e atribuíram sentido às suas vivências naquele espaço. A pesquisa expõe desejos e necessidades das crianças para um processo de desenvolvimento e aprendizagem significativo, no qual o espaço físico escolar seja um aliado à integração entre o lúdico e o aprender. A escuta sensível das crianças é indispensável nas escolas, pois nos convida a olhar e pensar a realidade a partir do seu ponto de vista.
Palavras-chave Espaço físico escolar, Educação infantil, Pesquisa com crianças
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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