Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21156

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Ambientais: ODS6
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Thales de Souza
Orientador MARIA LUCIA CALIJURI
Outros membros Ana Beatriz Pereira Senra, Lucca Ferreira Mayrink, Piêtro Viana Araujo
Título Transformando Resíduos em Energia: Produção de Bio-óleo de Microalgas para SAF com Baixo Teor Nitrogenado
Resumo A crescente demanda por energias renováveis tem posicionado os biocombustíveis de terceira geração como uma alternativa estratégica para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, produzindo combustíveis sustentáveis de aviação (SAF). Dentre as matérias-primas, as microalgas se destacam pela alta produtividade, capacidade de crescer em águas residuárias e por não competirem com a agricultura tradicional. O processo de liquefação hidrotérmica (LHT) é uma tecnologia promissora para converter biomassa úmida de microalgas em bio-óleo. Contudo, o bio-óleo produzido possui um elevado teor de nitrogênio, que compromete seu uso direto como combustível. Assim, uma etapa de melhoramento via hidrodenitrogenação (HDN) é essencial. O objetivo desse trabalho é investigar as condições reacionais para a HDN da molécula modelo indol, representativa dos compostos nitrogenados do bio-óleo, visando compreender o efeito da concentração de catalisador para posterior aplicação no bio-óleo. A biomassa de microalgas foi produzida em Lagoas de Alta Taxa (LATs), utilizando como meio de cultura águas residuárias domésticas. Para o estudo do melhoramento, a metodologia focou na reação de HDN. O catalisador utilizado foi o Ru/MgAl₂O₃, escolhido pela atividade do rutênio (Ru) na abertura do anel indol, essencial para a desnitrogenação (Guo et al., 2021). Os experimentos foram conduzidos em um reator de bancada, utilizando uma solução de indol em isopropanol com concentração equivalente a 0,1 mol L⁻¹ de nitrogênio. As condições reacionais foram fixadas em 375 °C, pressão inicial de 15 bar de H₂, a 500 rpm e um tempo de reação de 6 horas. O efeito da carga catalítica foi avaliado testando as massas de 0, 50, 100 e 200 mg. Ao final de cada experimento, o reator foi resfriado, a pressão final registrada e volume de gás gerado medido. As amostras foram pesadas para determinar a variação de massa. Os resultados demonstraram correlação direta entre a concentração de catalisador e a conversão. No ensaio com 0 mg, a perda de massa foi de -1 g e a pressão após a reação atingiu 20 bar, com 0,0042 m³ de gás formado. Já no ensaio com 200 mg de catalisador, a perda de massa foi de -11 g, com a pressão final de 50 bar e produção de gás de 0,0149 m³. Isso sugere que o catalisador pode promover a conversão do indol em produtos mais leves. Contudo, essa alta produção de gás, além da remoção de nitrogênio, podem estar gerando reações de descarbonilação e descarboxilação, gerando gases leves indesejáveis (Shumeiko et al., 2020). Como conclusão, embora o catalisador seja eficaz na conversão do indol, é necessário um balanço cuidadoso para maximizar a remoção de nitrogênio e minimizar as perdas de carbono. As análises qualitativas e quantitativas dos produtos líquidos, estão em andamento por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GC-MS), sendo fundamental para analisar as rotas reacionais, confirmar a eficiência da desnitrogenação e quantificar a formação de subprodutos.
Palavras-chave Microalgas, Combustíveis sustentáveis de aviação, Bio-óleo
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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