Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21139

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Ambientais: ODS6
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Lucca Ferreira Mayrink
Orientador MARIA LUCIA CALIJURI
Outros membros Ana Beatriz Pereira Senra, Matheus Quintão Braga, Thales de Souza
Título Avaliação do crescimento microalgal em meio suplementado com nanopartículas de carbono
Resumo O uso de microalgas no tratamento de águas residuárias tem se mostrado promissor pela sua capacidade de remover nutrientes e produzir biomassa rica em compostos de valor agregado. Contudo, efluentes domésticos, embora ricos em nitrogênio e fósforo, são frequentemente limitados em carbono, o que compromete a razão C:N:P ideal para o crescimento algal. Este estudo avaliou o efeito da suplementação com Arbolina® — um composto à base de nanopartículas de carbono (Carbon-Dots) — sobre o crescimento microalgal em esgoto doméstico proveniente da estação do bairro Romão dos Reis (Viçosa/MG). Foram testadas quatro dosagens (0, 100, 500 e 1000 mg/L) em duas campanhas experimentais: verão (02/12 a 20/12/2024) e inverno (09/06 a 27/06/2025), em sistema de lagoas de alta taxa (LATs).
Inicialmente, avaliou-se a razão C:N:P do meio de cultivo. A condição sem adição de Arbolina® apresentou relação C:N:P de aproximadamente 18:4:1, desbalanceada em carbono quando comparada à proporção ideal de 100:18:1 sugerida na literatura (Liu et al., 2022). A suplementação com 500 mg/L resultou em uma melhora significativa, elevando a razão para 116:44:1, próxima do ideal para estimular crescimento microalgal eficiente.
As curvas de crescimento baseadas na clorofila-a revelaram variações sazonais significativas. No verão, os cultivos apresentaram maior taxa de crescimento e produtividade, atribuída às condições ambientais favoráveis (maior luminosidade e temperatura). A modelagem pelo modelo de Gompertz demonstrou bom ajuste (R² > 0,80), com taxas específicas de crescimento superiores nas dosagens de 100 e 500 mg/L, no verão e no inverno, respectivamente. No inverno, apesar do menor desempenho global, o acréscimo de carbono continuou promovendo crescimento superior em relação ao controle.
A análise de produtividade de clorofila-a indicou que a dosagem de 500 mg/L foi a mais eficaz, alcançando os maiores valores acumulados ao final de cada ciclo. Além disso, essa dose demonstrou ser eficiente tanto na indução inicial de crescimento quanto na sustentação da atividade fotossintética ao longo do tempo.
Conclui-se que a adição de Arbolina® ao meio de cultivo é uma estratégia viável para otimizar a relação C:N:P e, consequentemente, o desempenho microalgal em esgoto doméstico. Entre as concentrações testadas, a dose de 100 mg/L foi a que apresentou melhor desempenho geral, sendo recomendada para aplicações em sistemas de tratamento com foco em produtividade algal e geração de biomassa de valor agregado.
Palavras-chave Microalgas, Nanopartículas de carbono, Esgoto doméstico
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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