Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21105

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Valéria Lopes de Miranda Rosa
Orientador DEISE MOURA DE OLIVEIRA
Outros membros ERICA TOLEDO DE MENDONCA, RENNAN LANNA MARTINS MAFRA
Título A experiência do reganho de peso na perspectiva de pessoas submetidas à cirurgia bariátrica: uma análise fenomenológica
Resumo Introdução: A obesidade persiste como problema de saúde pública, e a cirurgia bariátrica, embora reconhecida por promover perda ponderal duradoura, não extingue o risco de recidiva deste agravo. Objetivo: compreender como adultos vivenciam o reganho superior a 10 % do menor peso pós‑operatório, identificando motivações subjacentes e repercussões para o cuidado longitudinal. Método: Adotou‑se delineamento qualitativo, ancorado na Fenomenologia Social de Alfred Schütz para apreender “motivos‑porque” e “motivos‑para”, articulado à Teoria da Autodeterminação para interpretar necessidades de autonomia, competência e relacionamento. Entrevistaram‑se sete sujeitos (cinco mulheres, dois homens; 37–62 anos, média≈46) com 2 anos 5 meses a 13 anos de cirurgia (média≈6,5) e reganho médio de 21 % do peso mínimo (8–56 %). As entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas, foram realizadas entre fevereiro e maio de 2025 em consultório referência para bariátrica em Minas Gerais e analisadas por leitura compreensiva, extração de unidades de significado, agrupamento em categorias e síntese interpretativa. Resultados: Emergiram fatores biográficos e emocionais anteriores – sobrepeso infantil, gravidezes, luto, violência, depressão – combinados à reintrodução de alimentos hiperpalatáveis e ao consumo progressivo de álcool, que precipitaram o ganho de peso. A interrupção do acompanhamento multiprofissional após o primeiro ano ampliou lacunas de competência para autorregular alimentação, atividade física e manejo de ansiedade. Predominaram auto culpabilização, frustração e ameaça à autoestima; entretanto, alguns participantes normalizaram o reganho ou o valorizaram como resgate de energia. Os “motivos‑para” centraram‑se em preservar a saúde metabólica e recuperar a funcionalidade, mas a sustentação dessas metas dependeu de suporte psicológico contínuo e de estratégias que reforçassem autonomia decisória. Conclusão: Conclui‑se que o reganho pós‑bariátrica é multifatorial, atravessado por dimensões históricas, emocionais e psicossociais, exigindo abordagem interdisciplinar que ultrapasse a métrica do peso, integre o cuidado motivacional prolongado e considere o contexto de vida dos sujeitos para manter os benefícios cirúrgicos.
Palavras-chave Cirurgia Bariátrica, Reganho de Peso, Obesidade.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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