Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21053

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Econômicas: ODS8
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Renan Machado Dias
Orientador MONIQUE RENON ELLER
Outros membros Larissa Cassemiro Pacheco Monteiro, Lorena Arlinda Pena, TIAGO ANTONIO DE OLIVEIRA MENDES
Título Desenvolvimento de imunoensaios para detecção de Pseudomonas spp.
Resumo Pseudomonas é um gênero de bactérias gram-negativas, aeróbias e móveis, amplamente distribuídas no ambiente. Dentre as mais de 600 espécies, destacam-se P. aeruginosa, associada a infecções hospitalares e à resistência antimicrobiana, e P. fluorescens, responsável pela deterioração de alimentos refrigerados por meio da produção de proteases e lipases termorresistentes. Os métodos convencionais de detecção dessas bactérias são geralmente caros, lentos e demandam mão de obra especializada. Este trabalho teve como objetivo desenvolver um método rápido, econômico e de fácil aplicação para detecção de Pseudomonas spp. utilizando a proteína da cauda do bacteriófago UFV-P2 como sensora para um ensaio Dot-ELISA. Para isso, alíquotas de diferentes suspensões bacterianas (Escherichia coli, Staphylococcus aureus e três cepas de P. fluorescens e P. aeruginosa foram depositadas em membranas de nitrocelulose. Após secagem, as membranas foram bloqueadas com solução de PVA 5% m/v por uma hora e lavadas com PBS-T (3×5 min). O bioconjugado foi preparado por funcionalização de nanopartículas de ouro (AuNP) com estreptavidina-HRP, seguido da adição da proteína sensora recombinante. A solução foi estabilizada com soroalbumina bovina (BSA) a 1% m/v, incubada e centrifugada para remoção da proteína não conjugada, sendo o pellet final ressuspendido em tampão de ligação contendo sacarose, BSA, Tween 20 e PEG. O teste revelou coloração visível e localizada apenas na amostra 3 (P. fluorescens 07A), indicando interação positiva entre o bioconjugado e essa cepa. Nas demais amostras, incluindo outras cepas de Pseudomonas sp. e os controles negativos, não houve reação significativa ou foi observada apenas coloração de fundo difusa, sem padrão específico. Esses resultados sugerem uma possível especificidade da proteína sensora para a cepa 07A, com limitações quanto à abrangência geral do sistema e à eficiência do bloqueio, indicando possível adesão inespecífica do bioconjugado. A ausência de resposta nas outras cepas pode estar relacionada ainda à baixa afinidade de ligação, diferenças na expressão de epítopos ou necessidade de ajustes na concentração da proteína ou na formulação do tampão de ligação. Conclui-se que o Dot-ELISA apresenta potencial como método qualitativo para triagem de Pseudomonas spp., mas exige melhorias nas etapas de bloqueio, revelação e padronização do bioconjugado para alcançar sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade adequadas para aplicação prática em ambientes industriais e laboratoriais.
Palavras-chave biocontrole, sistema de detecção, P. fluorescens
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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