Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21010

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Marcos Vinícius da Silva Nascimento
Orientador PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR
Outros membros Fernanda Gonçalvez Fontes, MARA RUBIA MACIEL CARDOSO DO PRADO, Simone Cunha Magalhaes Rodrigues
Título Condições de Nascimento e Parto de Gestantes de Alto Risco em um Municipio da Zona da Mata Mineira
Resumo Introdução: A gestação de alto risco é caracterizada por casos mais complexos de assistência durante o período gestacional, onde há maior chance de desfechos desfavoráveis e nocivos à saúde e sobrevivência do binômio mãe-filho. Objetivo: Analisar as condições de nascimento e parto de gestantes de alto risco em um município da zona da mata mineira. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, transversal. Participaram do estudo gestantes de alto risco assistidas em uma unidade de referência de um município da zona da mata mineira. Utilizou-se instrumento de coleta de dados elaborado pelos autores. Os dados foram digitados em planilha excel e avaliados no programa Statistical Package for the Social Sciences. Essa pesquisa faz parte de um estudo maior aprovado pelo comitê de ética sob o parecer 5.664.638. Resultados e discussão: A análise da assistência ao parto de acordo com a via de nascimento revelou um cenário contrastante entre os partos vaginais e cesáreos ao evidenciar a adoção de práticas humanizadas bem como intervenções obstétricas. Na amostra, foram analisados 48 partos, dos quais 56,25% foram partos cesáreos e 43,75% partos normais. Observou-se uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor nos partos vaginais, 46,7% dos casos. No que tange aos métodos farmacológicos para alívio da dor, foi observado em todos os partos cesáreos e em 40% dos partos vaginais, o que se justifica dada a natureza cirúrgica do procedimento cesáreo. Contudo, o uso isolado de métodos farmacológicos em detrimento dos não farmacológicos sugere uma forte medicalização da assistência ao parto, o que contraria os princípios da humanização do parto e as recomendações e diretrizes de assistência ao parto da OMS. Intervenções como toques vaginais, ocorreu em 64% em partos vaginais, a amarração na cama foi identificada em um caso de parto vaginal. A ruptura da bolsa amniótica ocorreu em 72,4% das cesáreas e 27,6% dos partos vaginais. O padrão observado sugere que, nos casos de cesárea, a ruptura da bolsa se associa mais frequentemente a um curso de parto não fisiológico, reforçando o caráter emergencial ou planejado dessas intervenções. No que se refere ao jejum durante o trabalho de parto, foi observado que todas as parturientes submetidas à cesárea passaram por essa restrição, sendo que em 19,2% dos casos não houve jejum prévio. A realização de episiotomia ocorreu em 9,5% dos partos vaginais, sugerindo persistência de condutas desatualizadas, distantes do modelo de assistência humanizada preconizado pelo Ministério da Saúde e por diretrizes internacionais. Conclusão: De acordo com os dados do presente estudo, ressalta-se a importância da atualização dos profissionais de saúde, no que tange, a assistência humanizada ao parto, além de evidenciar práticas intervencionistas e humanizadas no mesmo cenário de saúde.
Palavras-chave Gestação de Alto Risco, Assitência ao Parto, Condições de nascimento do RN.
Forma de apresentação..... Vídeo
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