Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20993

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS8
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Jhonathan Valente Ferreira Gusmão
Orientador EVANDRO MARTINS
Outros membros Daiana Wischral, Gustavo Lucas Silva Campos, Ramila Cristiane Rodrigues, Sérgio Maurício Lopes Donzeles
Título Uso de ultrassom de ponteira para extração de fenólicos totais de cascas de café
Resumo A crescente demanda por soluções sustentáveis tem impulsionado o desenvolvimento de estratégias voltadas ao reaproveitamento de subprodutos da agroindústria, com foco na valorização de resíduos vegetais como fontes de compostos bioativos. Dentre esses resíduos, destacam-se as cascas de café, frequentemente descartadas ou destinadas à queima, que apresentam elevado teor de compostos fenólicos com reconhecida atividade antioxidante e potencial aplicação nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi comparar a eficiência de extração de compostos fenólicos totais a partir de cascas de café com ultrassom de ponteira, ultrassom de banho ou sob refrigeração. As extrações foram realizadas com 5 g de casca de café (Coffea arabica) em 50 mL de etanol 70%, em duplicata. Nos tratamentos com ultrassom de ponteira, aplicaram-se potências de 50% e 100%, com tempo máximo de 10 minutos ou até que a amostra atingisse 40 °C (o que ocorreu antes do tempo limite em todos os casos). Em ultrassom de banho as condições empregadas foram: 40 °C, 50% de eficiência e 45 Hz por 50 minutos. As extrações sob refrigeração foram conduzidas a 4 °C por 24h. Em seguida, os extratos foram centrifugados a 5.000 rpm por 20 minutos para remoção dos sólidos, rotaevaporados a 40 °C e 80 rpm) para recuperação do etanol, e armazenados congelados até a análise. A quantificação dos fenólicos totais foi realizada pelo método de Folin-Ciocalteau, com leitura a 760 nm (SpectraMax iD3) e curva padrão de ácido gálico. Os resultados demonstraram que o ultrassom de banho apresentou o maior teor de fenólicos totais (167,13 ± 9,25 mg EAG/100 g) e que não houve diferença significativa entre os demais métodos: ultrassom de ponteira a 100% (118,00 ± 16,45 mg EAG/100 g), ultrassom de ponteira a 50% (105,79 ± 5,71 mg EAG/100 g) e extração sob refrigeração (135,69 ± 19,72 mg EAG/100 g). A eficiência dos tratamentos com ultrassom de ponteira pode ter sido afetada pela alta intensidade do processo, que favorece a liberação e a rápida degradação dos compostos fenólicos. Em comparação com a extração sob refrigeração, o uso do ultrassom de banho promoveu um aumento de 23,17% na concentração de fenólicos totais, evidenciando sua eficiência. Além disso, o uso de ultrassom reduz o tempo necessário para extração eficiente, sendo uma técnica de fácil aplicação, com menor consumo energético em relação a métodos térmicos prolongados. Os dados indicam que o ultrassom é uma estratégia promissora, rápida e sustentável para a extração de compostos bioativos de resíduos da agroindústria cafeeira, sendo necessário otimizar as condições do ultrassom de ponteira para evitar perdas por degradação tendo em vista a maior intensidade do processo.
Palavras-chave cascas de cafe, compostos bioativos, ultrassom
Forma de apresentação..... Vídeo
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