| Resumo |
Para compreender melhor a atuação do pedagogo em ambientes hospitalares, com a função de garantir a continuidade do aprendizado de crianças e adolescentes impossibilitados de frequentar a escola regular devido a problemas de saúde, é fundamental compreendermos o papel do pedagogo interdisciplinar, que envolve práticas pedagógicas individualizadas e inclusivas, adaptadas às necessidades físicas e psicológicas dos estudantes. Contudo, apesar de sua relevância, existem poucos atuantes e pouco conhecimento sobre essa área de atuação, apesar de estar regulamentada pela Resolução CNE/CP Nº 1/2006, que define o papel do pedagogo na docência e gestão educacional, além de sua atuação em contextos não escolares, como a pedagogia hospitalar. O presente trabalho tem como objetivo geral mapear as práticas pedagógicas possíveis no ambiente hospitalar, buscando compreender como o pedagogo pode colaborar no desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos estudantes, respeitando suas limitações físicas e psicológicas e visando promover a inclusão. Como referencial teórico, buscou fazer uma contextualização, fundamentada por diversos estudos e legislações que destacam sua relevância no contexto educacional em ambiente hospitalar, utilizando estratégias criativas, flexíveis e humanizadas para garantir a continuidade do aprendizado em um ambiente desafiador. Utilizando como base, o amparo legal, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBNE), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), alguns pareceres e resoluções do CNE/CP, além de alguns artigos e autores como Matos e Mugiatti (2008) e Castro (2020). No decorrer deste estudo, num primeiro momento de contato com a temática em questão foi possível identificar que, embora a legislação brasileira assegure o direito à educação em espaço escolar e não escolar, como em área hospitalar, ainda existem lacunas em sua implementação, reforçando a necessidade de políticas públicas mais efetivas e de uma maior conscientização sobre a importância do pedagogo hospitalar. Compreendendo o papel fundamental que esse profissional desempenha, que os desafios enfrentados nesse contexto exigem a aplicação de práticas pedagógicas flexíveis, adaptadas e humanizadas, com metodologias que integrem o lúdico e o inclusivo, respeitando as particularidades de cada criança ou adolescente. |