Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20973

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ayres Gustavo Dias Nogueira
Orientador ERICA BEATRIZ SCHULTZ
Outros membros Daniela Silvéria de Lana, Edvania Neres Lino, Lucas Eduardo Gonçalves Vilaça, Tamara Ferreira
Título Uso de imagens termográficas para predição de temperatura corporal de caprinos leiteiros
Resumo A temperatura corporal é um indicador fisiológico fundamental para a detecção precoce de enfermidades infecciosas e para a identificação de situações de estresse térmico, sendo essencial à manutenção do bem-estar e da produtividade dos animais. Tradicionalmente, a medição dessa variável é feita pela via retal, método que, embora confiável, apresenta desvantagens como risco de contaminação entre os animais, indução de estresse e necessidade de contenção física. Diante disso, a termografia infravermelha destaca-se como uma alternativa promissora, por ser uma técnica não invasiva, prática e precisa, capaz de captar a temperatura superficial por meio da radiação térmica emitida pelo corpo. O presente estudo teve como objetivo predizer a temperatura corporal de cabras leiteiras jovens com o uso da termografia. Foram utilizados 45 cabritos das raças Saanen e Alpina, com até um ano de idade, sem distinção de sexo. Os animais estavam alojados em gaiolas suspensas e recebiam dieta composta por silagem de milho, concentrado e água à vontade. Os animais foram contidos manualmente sobre mesa, posicionados lateralmente, e submetidos à aferição da temperatura retal com termômetro digital BIOPRESS, seguido pelo imageamento termográfico com câmera FLIR C5, a uma distância aproximada de 1 metro. As temperaturas foram obtidas das regiões do globo ocular (OC), subocular (SOC), dorsal (DO), subescapular (SE) e frontal (FT), utilizando o software FLIR Tools. As análises incluíram modelos de regressão linear e um modelo de aprendizado de máquina do tipo árvore de decisão leave-one-out, correlacionando os dados termográficos com a temperatura retal. Os coeficientes de determinação (R²) obtidos para as regiões foram: OC = 0,6022; SOC = 0,0381; SE = 0,0228; DO = 0,0120; FT = 0,0400. Os erros associados à análise de regressão linear foram os seguintes: MAPE (Erro Percentual Absoluto Médio): OC = 7,37; SOC = 7,29; SE = 7,55; DO = 7,62; FT = 7,16. MAE (Erro Absoluto Médio): OC = 0,2906; SOC = 0,2873; SE = 0,2976; DO = 0,3002; FT = 0,2823. RMSE (Raiz do Erro Quadrático Médio): OC = 0,3675; SOC = 0,3718; SE = 0,3747; DO = 0,3768; FT = 0,3698. Na análise por machine learning, considerando apenas a região ocular, os resultados foram: R² = 0,1441; MAPE = 6,8; MAE = 0,2415; RMSE = 0,3507. Apesar da baixa correlação geral entre a temperatura retal e as temperaturas superficiais captadas por termografia, a região ocular apresentou os melhores índices de desempenho. Conclui-se que o modelo de aprendizado de máquina demonstrou melhoria nos resultados em comparação à regressão linear, apontando para o potencial da termografia, associada à inteligência artificial, como ferramenta viável para o monitoramento térmico de caprinos leiteiros jovens.
Palavras-chave termografia, câmera, caprinos
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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