Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20957

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS10
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Raquel Aparecida Macedo
Orientador CRISTIANE NATALICIO DE SOUZA
Título Produção cafeeira nas Matas de Minas a partir da Teoria Marxista da Dependência
Resumo A região das Matas de Minas, formada por 64 municípios, é a terceira maior produtora de café em Minas Gerais, destacando-se pela qualidade e quantidade de produto que oferta no mercado. No entanto, enfrenta dificuldades para manter padrões competitivos, decorrentes da fragmentação das propriedades rurais, restrição de capital, baixo nível tecnológico e reduzido associativismo. Este trabalho tem como objetivo analisar as condições da produção cafeeira das Matas de Minas a partir da categoria analítica capitalismo dependente, proposta pela Teoria Marxista da Dependência (TMD). Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou levantamento bibliográfico e análise de dados secundários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram incorporados estudos historiográficos sobre a formação territorial das Matas de Minas e da cafeicultura contemporânea da região, considerando suas especificidades socioeconômicas e produtivas. Como embasamento teórico, as discussões da TMD orientaram a análise crítica e interpretações acerca das condições históricas e estruturais que ainda moldam a produção cafeeira na região. Os resultados demonstraram que a perpetuação das vulnerabilidades dos agricultores da região são expressões históricas e estruturais inerentes ao capitalismo dependente e à integração subordinada das economias locais ao mercado global. Os agricultores têm dedicado esforços para melhorar a qualidade e agregar valor aos seus produtos, o que resultou na identidade territorial reconhecida como “Matas de Minas”. Entretanto, essas iniciativas não foram suficientes para superar as condições de produção convencional, marcada pela baixa capacidade de investimento e forte presença de atravessadores. Conclui-se que essas condições estão vinculadas ao ciclo de reprodução mundial do capital, que definiu para os países periféricos o papel de exportadores de produtos primários. Assim, refletem a lógica da dependência estrutural, que mantém esses países em situação precária, favorecendo a concentração dos lucros nos países centrais e perpetuando padrões de desigualdade socioespaciais.
Palavras-chave Matas de Minas, cafeicultura, Teoria Marxista da Dependência
Forma de apresentação..... Painel
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