Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20935

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS14
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Izabella Menini Rodrigues
Orientador AMANDA FERREIRA E CUNHA
Outros membros Alessandra Lopes de Araujo, Vanessa Souza Morais Guimarães
Título As variações morfológicas, sazonais e de habitat de macrófitas marinhas podem explicar os padrões de diversidade de hidroides epifíticos?
Resumo As interações entre hidroides (Cnidaria, Hydrozoa) epifíticos e macrófitas marinhas constituem um campo ainda pouco explorado na ecologia marinha, apesar de a complexidade estrutural, a variação sazonal e a diversidade de habitats das macrófitas sugerirem um papel determinante na composição e distribuição das comunidades epibiontes. Contudo, a escassez de estudos e as limitações na identificação taxonômica dos substratos vegetais ainda dificultam uma compreensão mais ampla dessas associações. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo investigar se variações morfológicas, sazonais e de habitat de substratos vegetais podem explicar os padrões de diversidade morfológica e de ciclo de vida dos hidroides epifíticos. Para isso, foi realizada uma compilação e análise de registros globais de hidroides associados a macrófitas disponíveis na literatura científica. As informações obtidas incluíram dados taxonômicos, geográficos, morfológicos dos epibiontes e basibiontes que foram organizados em planilhas e submetidos a análises estatísticas. Foram obtidos 606 registros, com 178 espécies de hidroides e 37 espécies de substratos vegetais. A superordem Leptothecata apresentou ampla dominância, com ocorrência em todos os grupos de substratos analisados. Algas marrons (235) e as gramíneas marinhas (73) foram os grupos mais frequentes, apontando para a recorrente utilização desses organismos como basibiontes pelos hidroides. Substratos com estrutura ramificada concentraram o maior número de registros (253), com diferença estatística significativa em relação às demais morfologias. Quanto ao habitat dos basibiontes, a maioria dos registros está associada a substratos bentônicos (185). Em contrapartida, atributos como presença ou ausência de rizoma e apressório, não apresentaram diferença estatística na frequência de hidroides associados. Esse padrão indica que a complexidade estrutural dos basibiontes, especialmente a presença de ramificações e hábitos bentônicos, pode aumentar a oferta de micro-habitats, favorecendo a coexistência de múltiplas espécies. A ausência de relação com estruturas de fixação como rizoma ou apressório sugere que os hidroides não dependem dessas partes para se instalar, podendo explorar diferentes regiões do talo. Embora não tenha sido observada uma associação direta entre as características dos basibiontes e os tipos morfológicos ou reprodutivos dos hidroides epifíticos, colônias de hidroides ramificadas e com gônoforos fixos foram as mais frequentes em todos os tipos de basibiontes, indicando possíveis vantagens adaptativas relacionadas à fixação e dispersão, como o rafting. Em suma, a ausência de dados e a limitação na identificação precisa de muitos substratos vegetais indicam a necessidade de estudos adicionais, e um maior rigor taxonômico na identificação dos organismos basibiontes para uma melhor compreensão dos padrões de preferência e especificidade dos hidroides em relação aos diferentes tipos de substratos vegetais marinhos.
Palavras-chave Epibiose, Revisão, Interações
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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