| Resumo |
Introdução: A potência muscular é um determinante do desempenho em esportes de alta intensidade como o futsal. O treinamento resistido com volantes isoinerciais (TRVI) é um método eficaz para o desenvolvimento de potência, destacando-se pela capacidade de promover sobrecarga excêntrica. Contudo, a monitorização das respostas ao treino é crucial, especialmente em populações femininas, cujos dados são frequentemente extrapolados de estudos com homens, justificando investigações específicas. Objetivo: O presente estudo teve por objetivo caracterizar e analisar o comportamento da potência muscular (W), em suas fases concêntrica e excêntrica, durante um mesociclo de treinamento de 4 semanas de agachamento com incremento do TRVI em atletas universitárias de futsal feminino. Metodologia: Participaram do estudo sete atletas universitárias de futsal (faixa etária: 18-26 anos). O protocolo consistiu em quatro semanas de treinamento de agachamento inercial, com 3 sessões semanais (4 séries de 8 repetições, com carga de 0,05 kg/cm2, intervalode descanso entre séries de 2 minutos). A potência muscular (W) foi mensurada a cada repetição por um encoder rotativo acoplado ao equipamento, separando as fases do movimento (concêntrica e excêntrica). Foi utilizada estatística descritiva (média e desvio padrão - DP) para analisar os dados semanalmente. Resultados: Observou-se um aumento progressivo e consistente no desempenho do grupo. A potência média na fase concêntrica aumentou 6,9% (de 1056,16 W para 1128,95 W) e na fase excêntrica 7,1% (de 1042,24 W para 1116,76 W) entre a primeira e a quarta semana. A razão de potência excêntrica/concêntrica (E:C) manteve-se estável e próxima de 1.0 durante todo o período analisado. Conclusão: Conclui-se que o protocolo de agachamento com incremento do TRVI foi eficaz para o ganho de potência na amostra estudada, e que o monitoramento da potência e da razão E:C são ferramentas sensíveis e valiosas para o controle da carga e da performance no treinamento. |