| Resumo |
Introdução: A acne vulgar (AV) é uma doença dermatológica crônica que ocorre devido a um processo inflamatório, acometendo principalmente um público alvo adolescente. Para mais, afeta o folículo pilossebáceo, que possui, como fatores fundamentais, hiperprodução sebácea, hiperqueratinização folicular, aumento da colonização por Cutibacterium acnes e inflamação dérmica. Essa patologia representa um desafio clínico significativo devido à sua persistência, recorrência, além do tempo prolongado e efeitos adversos dos tratamentos convencionais. Desta forma, o interesse por recursos de origem natural, especialmente pelo uso de plantas medicinais tem crescido cada vez mais. Objetivo: Realizar uma busca nas referências bibliográficas atuais sobre o uso de plantas medicinais para o tratamento de AV. Material e Métodos: A busca foi realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e Google Acadêmico, utilizando os descritores MeSH Database na língua portuguesa e inglesa: Plantas medicinais, fitoterapia e acne vulgar. Além disso, foram utilizados fatores de exclusão e inclusão para seleção dos artigos. Resultados e Discussão: Por apresentarem o maior número de citações bibliográficas referente ao tratamento de AV, foram selecionadas as espécies: Melaleuca alternifolia (Melaleuca), Matricaria chamomilla l(camomila) e aloe vera. Malhi (2017), evidencia a susceptibilidade do gel de Melaleuca sobre a AV leve e moderada. Uma contagem das lesões ao primeiro dia, 4a, 8a e 12a semanas de tratamento, evidenciou uma redução média das lesões de 23,7, 17,2, 15,1 e 10,7, respectivamente. Corroborando, Rocha (2021), utilizando gel de camomila (5%) associada à luz de LED (4,82 – 3,84Hz) mostrou-se efetivo na diminuição do processo inflamatório da pele, com uma terapêutica segura, acessível e eficaz. A camomila possui componente como camazuleno, α-bisabolol e flavonoides, que atua em sua atividade antimicrobiana. Outro estudo realizado em 2018, com a participação de 60 indivíduos com AV leve a moderada, divididos em três grupos: tratados com creme contendo 20% de própolis, 3% de óleo de melaleuca e 10% de aloe vera (PTAC); ou com creme de eritromicina a 3% (ERC); ou com placebo. O PTAC apresentou melhores resultados do que ERC, em aspectos como menor tempo cicatrização e eritemas. Conclusão: A AV representa uma relevante questão de saúde pública, despertando interesse na busca por terapias alternativas. As plantas medicinais configuram-se como fontes promissoras para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos. No entanto, a limitada disponibilidade de estudos que abordem especificamente a relação entre AV e o uso de fitoterápicos evidencia a necessidade de investigações adicionais. Essas pesquisas são essenciais para validar a eficácia dessas substâncias e ampliar as opções terapêuticas disponíveis para o tratamento da condição. |