Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20904

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Camila de Fátima Ferreira Ribeiro
Orientador THIAGO GECHEL KLOSS
Outros membros Aline dos Santos
Título Manipulação comportamental de Chrysso compressa (Araneae) induzida por vespas-de-Darwin (Ichneumonidae)
Resumo Alguns parasitas desenvolveram estratégias de transmissão que envolvem a capacidade de alterar o comportamento de seu hospedeiro. Essa estratégia de manipular o comportamento do hospedeiro favorece a transmissão e a aptidão do parasita. Um dos exemplos mais conhecidos de manipulação comportamental é a interação entre aranhas e vespas parasitoides, em que o hospedeiro parasitado constrói uma teia modificada, ideal para proteger a pupa do parasitoide manipulador. Apesar do aumento do número de registros nos últimos anos, a diversidade dessas interações ainda possui lacunas importantes na Mata Atlântica, o que dificulta o estudo das redes de interações entre esses organismos. Assim, o objetivo deste trabalho foi descrever uma nova interação entre a vespa Zatypota sp. e a aranha Chrysso compressa (Theridiidae) e avaliar se as larvas desses parasitoides manipulam o comportamento de C. compressa. Para realizar a descrição da interação de parasitismo e avaliar as possíveis alterações nas teias de indivíduos parasitados, buscamos ativamente por teias de indivíduos parasitados e não parasitados no Recanto das Cigarras, Viçosa, MG. Fotografamos as teias de aranhas parasitadas e não parasitadas, na fase juvenil e adulta, e as comparamos. No total, registramos a estrutura de 48 teias de indivíduos não parasitados e seis teias de aranhas parasitadas. Observamos que a arquitetura das teias de aranhas não parasitadas é caracterizada pela presença de um abrigo foliar e varia de acordo com sua fase de vida. Durante a fase juvenil, a aranha permanece na face adaxial de uma folha, que é levemente dobrada lateralmente e possui uma estrutura de fios de captura cobrindo maior parte da lâmina foliar. Na fase adulta, a aranha elabora um abrigo unindo duas folhas e, a partir dele, constrói uma teia de captura tridimensional projetada para baixo, com fios conectados à vegetação ao redor. Entretanto, as teias de indivíduos parasitados são completamente distintas em relação às teias de aranhas não parasitadas. Observamos que aranhas parasitadas adultas removem completamente as estruturas de retenção de presas, o que resulta em uma estrutura composta apenas por duas folhas unidas, que abrigam a pupa do parasitoide. Além disso, fios de ancoragem são observados conectando o abrigo foliar à vegetação ao redor. As aranhas parasitadas durante a fase juvenil constroem teias tridimensionais, com uma densidade de fios de retenção reduzida, que são concentradas principalmente ao redor da pupa do parasitoide. Além disso, existe um aumento de fios conectados à lâmina foliar. Essas alterações indicam que a larva da vespa induz alterações no comportamento de seu hospedeiro. A remoção das estruturas de retenção de presas e o aumento de fios ao redor do local onde a pupa do parasitoide fica localizada, sugere que a teia modificada, tanto na fase juvenil quanto na adulta, aumenta a proteção dos parasitoides durante a fase de pupa.
Palavras-chave Manipulação comportamental, parasitismo, floresta Atlântica
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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