Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20836

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bruno Jeronimo do Nascimento Gomes
Orientador ADRIANO NUNES NESI
Outros membros Crystal Liz Cazor Curilef, Rita de Cássia Monteiro Batista
Título O ADP/ATP Carrier 2 está associado à morfogênese do verticilo floral feminino em Arabidopsis thaliana
Resumo Durante a fase reprodutiva, as plantas redirecionam grande parte de sua energia celular para garantir o sucesso da reprodução e, consequentemente, a continuidade da espécie. Esse aumento na demanda energética é parcialmente suprido pela atividade mitocondrial, responsável por regular a produção e o fornecimento de energia, na forma de ATP (adenosina trifosfato). Nesse contexto, destaca-se a proteína transportadora mitocondrial de adenilatos ADP/ATP Carrier 2 (AAC2), que promove a troca de ADP e ATP entre a matriz mitocondrial e o citosol, sendo essencial para a manutenção da homeostase energética celular. Análises de expressão gênica in silico revelam que o gene AAC2 é positivamente regulado em tecidos reprodutivos, como estames, grãos de pólen e inflorescências, o que sugere um papel relevante na fase de floração. Apesar dessas evidências, a função fisiológica do AAC2 em plantas ainda não foi caracterizada in vivo. Com base nisto, o objetivo desse trabalho foi investigar o papel do AAC2 para o desenvolvimento floral em Arabidopsis thaliana. Para isso, foram utilizadas plantas de A. thaliana ecótipo Col-0 (tipo selvagem) e duas linhagens com baixa expressão de AAC2, um mutante de inserção (aac2-1:aac2-1) e uma linhagem transgênica antisenso (p35S::AAC2). A redução da expressão de AAC2 não afetou o número de flores abertas, o que sugere que o florescimento não é diretamente comprometido. No entanto, foi observado um aumento significativo no número de botões florais na linha aac2-1:aac2-1, indicando que a expressão reduzida do AAC2 pode influenciar etapas iniciais da formação floral. Além disso, ambas as linhagens com baixa expressão do gene apresentaram uma tendência ao aumento no número de ramos, possivelmente como resposta compensatória para garantir o sucesso reprodutivo. A avaliação detalhada dos verticilos florais indicou que o número de estames permaneceu constante entre as linhagens, sugerindo que o AAC2 não interfere significativamente na organogênese masculina. Por outro lado, foi observada uma redução significativa da largura e do comprimento do pistilo floral nas linhas aac2-1:aac2-1 e p35S::AAC2. Considerando que o pistilo abriga os órgãos reprodutivos femininos, essas alterações morfológicas podem afetar a eficiência da fecundação e, consequentemente, a formação de sementes. Em conclusão, os resultados indicam que a expressão de AAC2 está associada ao desenvolvimento adequado do pistilo floral, destacando seu papel na morfogênese de órgãos reprodutivos femininos em A. thaliana. Embora a redução do AAC2 não comprometa drasticamente o florescimento ou a formação de estruturas florais masculinas, sua influência sobre o pistilo reforça a importância do metabolismo energético mitocondrial na reprodução vegetal. Esses achados contribuem para a compreensão da relação entre o metabolismo mitocondrial e o desenvolvimento reprodutivo, abrindo perspectivas para estudos futuros sobre a regulação energética em processos florais.
Palavras-chave Mitocôndria, ATP, Reprodução
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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