| Resumo |
É comprovado que o óxido de Zinco (ZnO) em doses “farmacológicas” (1000 e 3500 ppm) melhora a saúde intestinal de leitões desmamados. Entretanto, seus impactos negativos, como a contaminação ambiental e a proliferação de bactérias resistentes, levaram à proibição de doses altas (farmacológicas) pela Comissão Europeia, impulsionando a busca por alternativas igualmente eficazes. Diante disso, objetivou-se avaliar o efeito da utilização de baixos níveis de Zn na forma de Zn proteinato (ZnPro), mananoligossacarídeo (Man) e de aditivo com ácido butírico (But), em substituição a altos níveis de ZnO, na morfologia intestinal de leitões desmamados aos 21 dias de idade. Utilizou-se 275 leitões, machos e fêmeas (Landrace x Large White, Agroceres-PIC 337♂ e DanBred 90♀), distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com 5 tratamentos, 11 repetições com 5 animais por unidade experimental. O período analisado foi de 21 a 32 dias, com ração e água fornecidas ad libitum. Na dieta basal (DB) foi utilizado milho, farelo de soja, plasma seco, soro de leite em pó, vitaminas e minerais, exceto o Zn, que foi adicionado conforme as fontes e níveis estabelecidos para cada tratamento. As dietas experimentais foram: T1: DB + nível farmacológico de óxido de Zn (3000ppm); T2: DB + Zn Proteinato em 100 ppm de Zn (ZnPro); T3: DB + ZnPro (100 ppm Zn) + 800g/ton Manano (ZnPro+Man); T4: DB + ZnPro (100 ppm Zn) + 800 g/ton Manano + 600g/ton Ac.Butírico (ZnPro+Man+But) e T5: DB + ZnPro (100 ppm Zn) + 800 g/ton Manano + 1200g/ton Ac.Butírico (ZnPro+Man+2But). Aos 32 dias de idade, um animal por unidade experimental com o peso mais próximo da média foi eutanasiado para a coleta de amostras intestinais de duodeno, jejuno e íleo, e posteriormente foram confeccionadas lâminas histológicas. Para as leituras morfológicas (altura de vilosidade (AV), profundidade de cripta (PC) e relação AV:PC foi utilizado um microscópio óptico (EVOS® XL). Foram medidas 20 alturas de vilosidades e 20 criptas de cada segmento de cada unidade experimental. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelos testes de Tukey e Dunnett, ambos a 5% de significância (p<0,05). Não se observou diferença (p>0,05) entre os tratamentos para AV, PC e AV:PC no duodeno e íleo dos leitões aos 32 dias de idade por ambos os testes. Entretanto, no jejuno, o tratamento com ZnPro+Man+But promoveu uma maior AV e uma melhor relação AV:PC (p<0,05) em comparação ao tratamento ZnOF pelo teste de Dunnett, não diferindo (p>0,05) dos demais pelo teste Tukey. Conclui-se que os aditivos testados utilizados em conjunto beneficiaram a saúde intestinal dos leitões através da melhoria da morfometria intestinal quando utilizados em substituição ao óxido de zinco em nível farmacológico. |