Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20763

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS11
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Jean Carlos Santos Guimarães
Orientador EMMANUEL KENNEDY DA COSTA TEIXEIRA
Título Análise Multicritério para Mapeamento da Suscetibilidade a Alagamentos em Belo Horizonte/MG
Resumo A crescente intensidade de eventos hidrológicos extremos em centros urbanos, impulsionada por uma complexa interação entre fatores naturais e antrópicos, representa um desafio significativo para a gestão territorial. Este trabalho teve como objetivo central conduzir uma análise multicritério (MCE) para identificar e mapear áreas com susceptibilidade a alagamentos no município de Belo Horizonte/MG, fenômeno definido como o acúmulo de água decorrente de deficiências no sistema de drenagem pluvial. A escolha do município se justifica por suas características, como a natureza acidentada do terreno e extensas áreas impermeabilizadas, que intensificam o escoamento superficial e agravam os riscos. A metodologia foi desenvolvida em ambiente de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), utilizando o software TerrSet. Os dados brutos, como a rede de galerias de drenagem e o mapa de coeficiente de escoamento superficial (C), foram obtidos da plataforma BHMap, da Prefeitura de Belo Horizonte, enquanto o Modelo Digital de Elevação (MDE) com resolução de 12,5 metros foi adquirido da plataforma ALOS PALSAR. Todo o material cartográfico foi pré-processado e padronizado para essa resolução, garantindo a compatibilidade entre as camadas. Para a modelagem do risco de alagamento, foram considerados os seguintes critérios: elevação, declividade, coeficiente de escoamento superficial (fator) e a distância em relação às galerias da rede de drenagem (variável). Adicionalmente, as áreas de represas e lagoas artificiais foram aplicadas como uma restrição booleana, excluindo-as da análise por possuírem sistemas próprios de controle de vazão. A construção do modelo MCE empregou a Lógica Fuzzy, com os pesos das variáveis sendo definidos pelo método de Análise Hierárquica de Processos (AHP), resultando nos seguintes pesos: 0,300 para declividade, 0,300 para elevação, 0,300 para o coeficiente de escoamento e 0,100 para a distância da drenagem. Os resultados geraram um mapa de susceptibilidade que demonstrou considerável similaridade ao ser comparado com o mapa de áreas críticas de alagamento de referência, validando a abordagem metodológica. O mapeamento final espacializa as áreas com maior e menor risco, e a análise indicou que a elevação e a declividade exerceram papel central na definição das áreas sensíveis, enquanto o sistema de drenagem teve influência secundária, corroborando outros estudos na área. Concluiu-se que, para a análise MCE de risco de alagamento, a declividade e o coeficiente de escoamento superficial foram os fatores mais relevantes , fornecendo um subsídio técnico preciso que pode auxiliar no planejamento urbano, na regulamentação do uso e ocupação do solo e na priorização de intervenções na infraestrutura de drenagem da cidade.
Palavras-chave Análise Multicritério, Mapeamento de risco de alagamento, Sistemas de Informações Geográficas
Forma de apresentação..... Vídeo
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