Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20751

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS10
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Sabrina Rocha Corrêa
Orientador RAISSA CRISTINA ARANTES
Título Apontamentos sobre a prática familista no serviço social
Resumo Historicamente, a proteção social no Brasil foi construída mediante o compartilhamento de responsabilidades entre o estado, o mercado e a sociedade, leia-se a família. A família sempre esteve à frente na condução da proteção social de seus membros, especialmente quando historicamente o Estado se afasta de suas responsabilidades. Cria-se então uma expectativa sobre o que se espera que a família dê conta ou não de proteger seus membros. Neste sentido, tem-se na prática profissional de assistentes sociais, as famílias brasileiras, enquanto foco privilegiado de intervenção. Nas protoformas do Serviço Social brasileiro, encontra-se na prática profissional, assistentes sociais que visavam moralizar e adequar as famílias às exigências postas pelo capitalismo monopolista. Contudo, com o avanço da história da profissão, em especial, após o movimento de reconceituação e intenção de ruptura entre nos anos de 1970 e 1980; há uma compressão da profissão inserida em relações sociais capitalistas, compreendendo as famílias enquanto refratárias das múltiplas expressões da questão social. Contudo, mesmo diante de avanços na compreensão da totalidade da vida social e do papel social da profissão, há forte influência do conservadorismo no seio da profissão, que associado à proteção social familista no país, aos moldes do neoliberalismo, reforçam uma prática familista no bojo do serviço social. Assim, a presente proposta tem como objetivo apontar indícios de uma prática conservadora e familista no Serviço Social, embasada na transferência de responsabilidades do Estado para a família e no conservadorismo ainda persistente no meio profissional, através de uma análise documental e bibliográfica descritiva e de caráter qualitativo, baseada em livros e artigos que abordam a temática do familismo na construção da proteção social brasileira, além dos fundamentos do Serviço Social no Brasil, a fim de possibilitar apontamentos sobre a prática familista na profissão. Neste sentido, a pesquisa concluiu que existe uma prática familista ainda presente no Serviço Social, reforçada pelo cunho familista das legislações e políticas de proteção social, associada à um neoconservadorismo e moralismo estruturante na profissão e na formação de assistentes sociais.
Palavras-chave Familismo, Serviço Social, Conservadorismo
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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