Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20697

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Sílvia Oliveira Lopes
Orientador SILVIA ELOIZA PRIORE
Outros membros Dayane de Castro Morais, SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI
Título Estado nutricional, condições socioeconômicas, demográficas e tabagismo em agricultores familiares
Resumo O tabagismo é um problema de saúde pública e exige intervenções em saúde para o seu controle. Está associado ao câncer, doenças cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva crônica, gerando impactos econômicos e sociais. Assim este trabalho teve por objetivo associar o estado nutricional, condições socioeconômicas e demográficas com o tabagismo em agricultores familiares. Trata-se de um estudo transversal, realizado com adultos agricultores e agricultoras familiares, de 20 a 59 anos, avaliando-se um morador por domicílio, da Região Geográfica Imediata de Viçosa-MG, por sorteio em lista fornecida pela empresa de assistência técnica e extensão rural dos referidos municípios. Este trabalho obteve aprovação do Comitê de Ética da Universidade Federal de Viçosa (2.496.986). Aplicou-se questionário semiestruturado por telefone, para a coleta das informações socioeconômicas e demográficas (idade, escolaridade, cor/raça e renda), além de se questionar se o voluntário era tabagista. O estado nutricional foi avaliado a partir de peso e estatura autorrelatados, calculando-se o Índice de Massa Corporal. Os dados foram tabulados e validados no Excel, e analisados no SPPS versão 20, sendo apresentados em frequência absoluta e relativa e associação pelo qui-quadrado, adotando-se p<0,05. Foram avaliados 426 adultos, sendo 52,3% (n=223) do sexo masculino, com média de idade de 43,5 (± 9,5) anos. A mediana de anos de estudo e renda foram respectivamente quatro anos (mínimo: 0; máximo 18) e R$ 1500,0 (mínimo: R$ 200,0; máximo: 12000,0). Quanto à autodeclaração de cor/raça, 51,9% (n=221) eram pardos, 39,0% (n=166) brancos e 9,1% (n=39) pretos. Dos avaliados, 28,2% (n=120) eram tabagistas. Entre os tabagistas: 65,0% (n=78) eram do sexo masculino, 66,7% (n=80) pardos/pretos, 46,7% (n=56) tinham ≤ quatro anos de estudo e o excesso de peso esteve presente em 56,7% (n=68). Houve associação entre ser tabagista e ter ≤ quatro anos de estudo (p=0,042) e ser do sexo masculino (p=0,001). Não houve associação entre o tabagismo e excesso de peso (p=0,437), cor preta/parda (p=0,083) e renda ≤ R$ 1500,0 (p=0,069). Estes resultados demonstram a importância de abordar o controle do tabagismo no meio rural. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019), a prevalência de tabagismo no Brasil era de 12,6%, valor inferior ao encontrado neste estudo (28,2%), reforçando a necessidade de diagnósticos populacionais que orientem ações educativas, a exemplo para o controle do tabagismo. Destaca-se ainda a importância de incluir os homens nas discussões em saúde, estes muitas vezes ficam aquém das intervenções e por procurarem menos os serviços de saúde, os diagnósticos podem ser tardios. Além disso, é necessário que as estratégias de prevenção de doenças e promoção da saúde sejam de fácil compreensão e que considerem fatores como a escolaridade da população na proposição de ações educativas.
Palavras-chave Tabagismo, Rural, Saúde
Forma de apresentação..... Vídeo
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