Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20690

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Lorenzo de Lima Vilhena
Orientador MARISA VIEIRA DE QUEIROZ
Outros membros PATRICIA PEREIRA FONTES
Título Potencial biotecnológico de Bacillus spp. endofíticos de seringueiras da floresta amazônica brasileira no controle da antracnose da soja e da manga por meio de compostos orgânicos voláteis.
Resumo O gênero Colletotrichum abriga alguns dos fitopatógenos de maior importância mundial. Colletotrichum truncatum causa antracnose na soja e pode reduzir a produção em até 20% em regiões como o cerrado ou em até 100% em condições de chuvas intensas. A antracnose da manga, causada por fungos do complexo Colletotrichum gloeosporioides sensu lato, é a doença mais importante dessa frutífera e pode reduzir a produção em até 30% e causar perdas de até 100% nas frutas depois de colhidas. A aplicação de microrganismos para controle de fitopatógenos na agricultura pode solucionar essa problemática. Nesse sentido, o gênero Bacillus se destaca pelos seus produtos do metabolismo secundário que são úteis na agroindústria. Uma das classes de compostos produzidos por Bacillus são os Compostos Orgânicos Voláteis (COV’s) que podem controlar fitopatógenos. Estudos anteriores demonstraram o potencial antagônico de quatro linhagens endofíticas de B. velezensis, B. subtilis, B. tequilensis e B. proteolyticus isoladas de seringueiras da floresta amazônica brasileira. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial dessas bactérias no biocontrole mediado por COV’S de Colletotrichum truncatum, causador da antracnose da soja, e de Colletotrichum sp. causador da antracnose da manga. A inibição de crescimento dos fungos, causada pelos COV’s produzidos pelos endófitos, foi avaliada pela co-cultura em placas seladas. Duas placas de Petri contendo os meios de cultura Ágar Luria-Bertani e Batata Dextrose Ágar foram respectivamente inoculadas com o endófito e com o fitopatógeno. As placas foram encaixadas, sem tampa, face-a-face e a região de contato entre elas foi vedada. O controle não foi inoculado com bactérias. As placas foram incubadas a 25 ºC até que o crescimento do controle cessasse e o diâmetro das colônias foi medido. Cada ensaio foi conduzido em triplicata. Os diâmetros foram utilizados para calcular a Inibição do Crescimento Fúngico (IC) por meio da fórmula % IC = [(C - T) /C] × 100, onde C é a área média do controle, e T é área do tratamento. Os valores de IC foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey (P=0,05). Em C. truncatum, B. proteolyticus causou a maior inibição de crescimento (87,44%), B. tequilensis causou inibição intermediária (84,8%) e B. velezensis e B. subtilis causaram inibições menores, 81,87% e 78,83%, respectivamente. Em Colletotrichum sp. da manga, B. proteolyticus causou a maior inibição de crescimento (85,84%) e B. tequilensis, B. velezensis e B. subtilis causaram inibições menores, 81,85%, 81,86% e 80,58%, respectivamente. Esses resultados comprovam que os COV’s produzidos por Bacillus spp. inibem o crescimento dos fitopatógenos. Estudos futuros devem ser feitos para identificar esses compostos e analisar como eles atuam, para que possam ser aplicados de maneira efetiva em biocontrole.
Palavras-chave Compostos orgânicos voláteis, Bacillus, biocontrole
Forma de apresentação..... Painel
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