Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20688

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Educação Física
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Ítalo Santiago Alves Viana
Orientador OSVALDO COSTA MOREIRA
Outros membros Alice Ferreira Mathias, Antonio Carlos Marques Pires, CLAUDIA ELIZA PATROCINIO DE OLIVEIRA, Leonardo Silveira Goulart Silva
Título Influência da carga inercial na frenagem excêntrica durante o agachamento: uma análise cinemática 2D
Resumo A frenagem excêntrica exerce um papel crucial nos exercícios realizados em plataformas inerciais (flywheel), promovendo ganhos significativos de força e aprimoramentos no controle neuromuscular. A eficácia dessa fase do movimento está diretamente relacionada à carga inercial utilizada, podendo modificar substancialmente a resposta biomecânica do praticante. Este estudo de caso teve como objetivo investigar a influência de diferentes magnitudes de carga inercial sobre o padrão de frenagem excêntrica durante o exercício de agachamento, utilizando análise cinemática bidimensional (2D). Um voluntário realizou três séries de oito repetições de agachamento — com duas repetições adicionais para aceleração do disco — em uma plataforma inercial, utilizando três níveis distintos de carga: 0,035, 0,050 e 0,075 kg·m². O movimento foi capturado lateralmente com uma câmera digital e analisado no software Tracker, com o ponto de rastreamento definido no quadril. As coordenadas verticais (eixo Y) foram exportadas e processadas no Microsoft Excel, onde os dados foram suavizados por meio de média móvel de cinco pontos, com o objetivo de reduzir o ruído. A velocidade foi obtida pela primeira derivada das posições (Δy/Δt), e a aceleração, pela segunda derivada. A fase de frenagem excêntrica foi identificada com base nos picos negativos da aceleração, os quais ocorrem tipicamente ao final da fase descendente de cada repetição. Com a carga de 0,035 kg·m², observou-se uma maior amplitude de movimento e picos de aceleração negativa mais intensos, porém com padrão irregular, sugerindo menor controle motor e maior variabilidade na execução. Com a carga intermediária de 0,050 kg·m², a amplitude foi moderada, os picos negativos de aceleração se mantiveram elevados e a regularidade entre os ciclos aumentou, indicando maior consistência na estratégia de frenagem. Já com a carga mais elevada de 0,075 kg·m², o movimento foi mais contido e a velocidade de execução diminuiu. Nessa condição, a magnitude dos picos negativos de aceleração foi reduzida, mas seu padrão se apresentou mais estável e controlado, evidenciando um refinamento no controle motor durante a frenagem excêntrica. Esses achados indicam que o aumento progressivo da carga inercial influencia diretamente a estratégia de frenagem excêntrica no exercício. Cargas mais leves favorecem a geração de altos picos de força excêntrica, mas com menor estabilidade e regularidade. Cargas intermediárias possibilitam manter picos elevados com maior consistência. Por sua vez, cargas mais altas tendem a limitar a magnitude dos picos, mas promovem um padrão de frenagem mais estável e controlado. Tais evidências destacam a importância da seleção criteriosa e progressiva das cargas em treinamentos com flywheel, de modo a alinhar os estímulos às metas do treinamento — seja para o desenvolvimento de força excêntrica máxima ou para o aprimoramento do controle neuromuscular fino.
Palavras-chave Flywheel, sobrecarga excêntrica, biomecânica.
Forma de apresentação..... Vídeo
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