| Resumo |
Introdução: Conforme a Organização Mundial de Saúde, saúde é sinônimo de equilíbrio entre bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doenças. As atividades rotineiras do ser humano devem proporcionar níveis de satisfação e prazer pessoal, logo, unir condições favoráveis de trabalho e qualidade de vida é essencial para promover saúde integral. Assim, compreender os riscos ocupacionais torna-se fundamental para identificar demandas, vulnerabilidades e potencialidades. Objetivos: Analisar a qualidade de vida no trabalho e risco ocupacional dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal de Viçosa. Metodologia: Foram entrevistados servidores do campus Viçosa. O cálculo amostral considerou 1556 servidores, nível de confiança de 95% e erro de 5%, resultando em 308 servidores. Foi realizado sorteio para recrutamento do servidor, respeitando a proporção dos níveis A, B, D, D e E. Cada servidor foi contatado até 3 vezes (e-mail e visita presencial). Foram excluídos os que não foram encontrados, não responderam ou recusaram participar. Nesses casos, era realizado novo sorteio de acordo com nível do servidor. A coleta ocorreu por entrevistas agendadas, com aplicação de questionários sobre saúde, qualidade de vida e riscos ocupacionais. Até o momento, participaram do estudo 184 servidores. Resultados: Quanto ao perfil dos servidores, observou-se idade predominante entre 31 a 50 anos, sendo a maioria casado ou em situação conjugal estável, com elevado nível de escolaridade. Os resultados apontaram avaliações positivas sobre espaço físico do trabalho (iluminação, temperatura, disponibilidade de materiais) e sobre relações interpessoais. No entanto, observou-se insatisfação em relação às oportunidades de crescimento e reconhecimento do desempenho. Também foram encontradas fragilidades nos riscos ocupacionais, como ausência de plano de evacuação de emergência, falhas em inspeções técnicas e presença de instalações elétricas improvisadas. Conclusão: Observa-se, por meio dos resultados que, apesar das boas condições de infraestrutura e relações com colegas de trabalho, ainda prevalecem desafios significativos exemplificados pela desvalorização profissional e insegurança ocupacional. Os achados reforçam a importância da valorização contínua dos servidores e de estratégias para garantir a promoção da saúde no ambiente de trabalho. |