Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20655

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gabriela Carvalho Barbosa
Orientador BRUNNELLA ALCANTARA CHAGAS DE FREITAS
Outros membros Eduardo Martins Souza, Kaylane Zuqueto da Silva, Miguel Jourdain Alípio do Vale, Romario Brunes Will Ferreira
Título Vacinação no primeiro ano de vida no Brasil: tendências e desafios clínicos para o pediatra
Resumo Introdução: As altas coberturas vacinais são pilares essenciais da saúde pública pediátrica, especialmente no primeiro ano de vida, quando o sistema imunológico infantil ainda está em formação. No entanto, o Brasil tem enfrentado uma redução sistemática na cobertura de vacinas infantis nos últimos anos, agravada por fatores como hesitação vacinal, falhas logísticas e desinformação. Tal cenário ameaça o controle de doenças antes erradicadas e impõe novos desafios à prática pediátrica cotidiana. Objetivos: Analisar as tendências temporais da cobertura vacinal no Brasil entre 2014 e 2023 para crianças até 1 ano de idade, com foco nas principais vacinas do calendário básico infantil e na dTpa em gestantes, discutindo implicações clínicas para a pediatria. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, com abordagem quantitativa, utilizando dados agregados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), obtidos via DATASUS. Foram analisadas as médias nacionais anuais das vacinas BCG, Hepatite B (30 primeiros dias), Pentavalente, Poliomielite, Tríplice Viral (D1) e dTpa gestante. A análise foi conduzida no SPSS® 27.0, com cálculos de média e desvio padrão, análise de tendência por regressão linear e remoção de dados inconsistentes acima de 100%. As vacinas com tendência negativa estatisticamente significativa foram destacadas. Resultados: Todas as vacinas analisadas apresentaram médias nacionais inferiores à meta estipulada pelo Ministério da Saúde. A cobertura média da Hepatite B foi de 80,8%, da Pentavalente 83,6%, da Poliomielite 85,0% e da Tríplice Viral 87,6%. A BCG apresentou 88,0% de média, enquanto a dTpa gestante ficou com apenas 43,4%. Após o ano de 2016, observou-se queda crítica em praticamente todos os imunizantes, com maior impacto nos anos da pandemia. A dTpa gestante, apesar de tendência crescente, permanece muito abaixo do ideal, comprometendo a imunidade passiva dos recém-nascidos. Conclusões: Os dados nacionais revelam uma preocupante estagnação ou queda na cobertura vacinal infantil no Brasil ao longo da última década, com valores abaixo das metas em todos os imunizantes analisados. O cenário preocupa pediatras e gestores, pois aumenta o risco de reintrodução de doenças como coqueluche, sarampo e poliomielite, sobretudo em populações infantis não vacinadas. A prática clínica pediátrica deve incorporar estratégias de educação parental, combate à hesitação vacinal e reforço constante da importância das vacinas nas consultas de rotina. É papel do pediatra atuar não apenas como prescritor de imunizações, mas como agente ativo na reconstrução da confiança da sociedade no Programa Nacional de Imunizações, contribuindo para a retomada das altas coberturas vacinais e proteção coletiva.
Palavras-chave Cobertura Vacinal, Saúde da Criança, Vacinação em Massa
Forma de apresentação..... Vídeo
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