Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20648

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Jessica Aparecida da Silva
Orientador GLAUCE DIAS DA COSTA
Outros membros Gabrielly Luísa Diniz Paiva, Irene da Silva Araujo Gonçalves, Marina Tosatti Aleixo, Poliana Monique Cassimiro
Título Quando as emoções falam: correlações entre aspectos emocionais, qualidade do sono e comportamento alimentar em mulheres com obesidade
Resumo A obesidade é uma condição multifatorial, frequentemente associada a alterações na saúde mental, comportamento alimentar e sono. Em mulheres, esses fatores se tornam ainda mais complexos em virtude do estigma social e pressão por padrões de beleza. Investigar e compreender como esses fatores se inter-relacionam pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias de cuidado à saúde de mulheres em situação de obesidade que sejam mais eficazes e integradas à Atenção Primária à Saúde. O objetivo deste estudo foi analisar correlações entre os aspectos emocionais (estresse, ansiedade e depressão), qualidade do sono e comportamento alimentar em mulheres com obesidade acompanhadas na Atenção Primária à Saúde de Viçosa-MG. Trata-se de um estudo transversal realizado com 109 mulheres adultas com obesidade (IMC ≥ 30kg/m²), residentes em território de atuação da Atenção Primária à Saúde de Viçosa-MG. Este estudo é parte integrante de um estudo randomizado, realizado em 2023. Foram utilizados os seguintes instrumentos validados: Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD), Inventário de Sintomas de Estresse de Lipp (ISSL) e o Dutch Eating Behaviour Questionnaire (DEBQ), que avalia os domínios de comer emocional, comer externo e restrição alimentar. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa, sob parecer nº 5.693.565/2022. As análises estatísticas foram conduzidas no software Stata, versão 19.0, utilizando o teste de correlação de Spearman, com nível de significância de 5%. O estresse correlacionou-se fortemente com a ansiedade (ρ = 0,5295; p < 0,001) e de forma moderada com a depressão (ρ = 0,3726; p < 0,001). A pior qualidade do sono correlacionou-se moderadamente com níveis elevados de estresse (ρ = 0,3855; p < 0,001), ansiedade (ρ = 0,4807; p < 0,001) e depressão (ρ = 0,3798; p < 0,001). O comer emocional também apresentou correlação moderada com estresse (ρ = 0,3916; p < 0,001) e ansiedade (ρ = 0,3128; p = 0,0009), e fraca com depressão (ρ = 0,2366; p = 0,013), sugerindo influência de estados emocionais no comportamento alimentar. O comportamento alimentar de ingestão externa apontou correlação fraca com estresse (ρ = 0,2514; p = 0,0084) e ansiedade (ρ = 0,2102; p = 0,0283). Dessa forma, níveis elevados de estresse, ansiedade e depressão, ou seja, o sofrimento emocional, está significativamente associado à pior qualidade do sono e a comportamentos alimentares disfuncionais em mulheres com obesidade. Tais achados reforçam a importância de abordagens integradas na Atenção Primária à Saúde para o cuidado de mulheres com obesidade, contemplando os fatores psicológicos, sociais e comportamentais de forma interconectada.
Palavras-chave Obesidade, Sono, Emoções.
Forma de apresentação..... Vídeo
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