Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20647

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Marina Tosatti Aleixo
Orientador GLAUCE DIAS DA COSTA
Outros membros DAYSE MARA DE OLIVEIRA FREITAS, Irene da Silva Araujo Gonçalves, Jessica Aparecida da Silva, Milena Sales Thomé
Título Autoimagem e alimentação de mulheres com obesidade: a construção de um novo olhar e de novas perspectivas a partir da arteterapia
Resumo O estigma relacionado à obesidade retrata como o excesso de tecido adiposo é considerado uma condição inadequada ao padrão corporal socialmente estabelecido. Assim, pessoas com excesso de peso podem internalizar crenças/imagens negativas e apresentar sentimentos de culpa e vergonha do corpo, autodepreciação, desesperança, isolamento social e baixa autoestima. O tratamento da obesidade no modelo biomédico não aborda as demandas emocionais e sociais, sendo necessário buscar estratégias que envolvam a redução da estigmatização e o acolhimento das demandas psicossociais. Nesse contexto, a arteterapia surge como potencial ferramenta ao favorecer expressões do consciente e do inconsciente e interligar a saúde física e mental. Explorar a percepção de mulheres com obesidade sobre o próprio corpo e como seus afetos interferem na alimentação. Entre março e setembro de 2023, foram realizadas oficinas nutricionais com abordagem multicomponente para mulheres com obesidade em Viçosa, MG. Ocorreram 6 encontros mensais, conduzidos por nutricionistas, com duração média de 1h30 e 10 participantes por grupo. A oficina foi aplicada em 3 grupos. Este trabalho trata-se de um recorte, evidenciando a terceira oficina, cujo objetivo foi estimular reflexões acerca da percepção corporal e o modo de se alimentar. Usou-se a técnica do desenho e da leitura corporal. Cada participante foi convidada a desenhar partes do próprio corpo com as quais se sentisse desconfortável. Depois, foi pedido que o transformassem livremente em algo novo, explorando a ressignificação do mesmo e da percepção corporal. Realizou-se observação participante e registro em diário de campo. Estes foram analisados com base na análise de conteúdo temática de Bardin e Minayo. Participaram 29 mulheres e a partir da análise dos dados emergiram 3 categorias: 1) “O olhar sobre si e os afetos no contexto alimentar”: revelou percepções negativas sobre o próprio corpo e sentimentos de tristeza, ódio e vergonha em relação a partes específicas do corpo, como seios, barriga, pernas e braços. Sentimentos como ansiedade e tristeza reverberaram nas escolhas alimentares levando a episódios de comer emocional, sentimento de culpa e medo de engordar; 2) “Estratégias de enfrentamento”, evidenciou estratégias adotadas pelas mulheres para minimizar o comer emocional, como se ocupar com outras atividades além do comer; 3) “Desenhando sob um novo olhar”: a recriação dos desenhos permitiu reflexões acerca da autoaceitação, autoestima e ampliação do olhar para si mesmas, com mais autocompaixão e resiliência. A oficina favoreceu reflexões sobre a percepção corporal de mulheres com obesidade, convidando-as a olharem para si mesmas de forma mais acolhedora e com autoaceitação. Os resultados ressaltaram a potência de espaços coletivos como estratégias de cuidado ampliado em saúde, promovendo ressignificações sobre o corpo e alimentação, que transcendem os limites tradicionais da abordagem nutricional.
Palavras-chave Obesidade, Mulheres, Autoimagem
Forma de apresentação..... Vídeo
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