Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20639

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Letras
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Reginaldo Francisco Santos Dudalski
Orientador CARLOS FERRER PLAZA
Título De Shakespeare a Ralph Fiennes: as adaptações fílmicas de Coriolano.
Resumo Coriolano (1607-1608) foi a última tragédia escrita por William Shakespeare e pertence às chamadas peças romanas. Embora seja uma das peças shakespearianas menos estudadas, não significa que seja considerada de menor qualidade. Por causa de seu viés político, mais especificamente a luta de classes entre plebeus e patrícios, escritores como Bertolt Brecht, John Osborne e Augusto Boal escreveram adaptações da peça enfatizando o aspecto político inerente a ela. O presente trabalho tem como objetivo analisar duas versões fílmicas da peça Coriolano: The Tragedy of Coriolanus (1984) dirigida por Elijah Moshinsky como parte de um projeto ambicioso da BBC feita exclusivamente para a televisão e Coriolano (2011) dirigido por Ralph Fiennes, a única versão cinematográfica da peça. Esse trabalho visa apresentar sucintamente um panorama geral da dissertação em andamento junto ao Departamento de Letras com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Pretendemos fazer uma breve apresentação crítica sobre a peça escrita por Shakespeare e contrapô-la com as duas adaptações fílmicas, enfatizando tanto os pontos de divergências como os de convergências. Como metodologia, partiremos das teorias da adaptação e da relação entre esta e a tradução, da tradução intersemiótica, outro nome para a análise fílmica, e da intermidialidade, pois ao contrapormos um texto teatral para uma outra mídia, nesse caso a linguagem fílmica, estamos fazendo um trabalho intermidiático, para posteriormente dialogarmos com textos que versem principalmente sobre a temática política, tendo sempre as análises fílmicas como meta. Os resultados preliminares mostram que a versão de Moshinsky é mais clássica, com um cenário fixo, como se fosse uma peça gravada para a televisão, focando especialmente no ato de encenar. Por outro lado, a versão de Fiennes é mais contemporânea, possui mais representatividade, com a inserção de personagens negros e tem uma mulher como líder do povo, além disso, transpõe a versão shakespeariana para o mundo contemporâneo com o uso do noticiário jornalístico, o debate político televisionado, e técnicas cinematográficas como o uso do voice-over. Diferentemente da versão de Moshinsky, Fiennes tenta adaptar Coriolano aos dias de hoje, dando ênfase na ação, transformando a personagem principal em uma espécie de killing machine, definição dada por Harold Bloom ao herói trágico e personagem principal da peça estudada. A peça possui um alto teor político e no século XXI, os políticos da chamada Era Trump são os protótipos da versão totalitária desse intrigante herói trágico shakespeariano. Podemos concluir, que Coriolano é uma peça que precisa ser melhor estudada e que sempre se atualiza em suas adaptações, pois enquanto existir o jogo político e a insistência em dividir a sociedade, Coriolano se renovará e servirá como um espelho do mundo que tende a repetir os erros do passado.
Palavras-chave Shakespeare, Coriolano, adaptação fílmica.
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
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