Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20631

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Ambientais: ODS7
Setor Departamento de Química
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Júlia Araujo Lavorato
Orientador RENATA PEREIRA LOPES MOREIRA
Outros membros ALISSON CARRARO BORGES, Mariele Dalmolin da Silva, Noemí Cristina Silva de Souza
Título Evolução de Hidrogênio a partir de NH3BH3 catalisada por nanopartículas de Pd e Ru decoradas em biocarvão obtido de caroço de pequi
Resumo A escassez dos combustíveis fósseis e seus impactos ambientais têm motivado a busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Nesse contexto, o hidrogênio (H₂) se destaca como uma solução limpa e eficiente, mas, por ser altamente inflamável não é possível utilizá-lo diretamente. Sendo assim, o borano de amônia (NH₃BH₃) surge como uma alternativa segura para armazenar e liberar H₂ de forma controlada por hidrólise. Assim, este trabalho teve por objetivo sintetizar nanopartículas (NPs) metálicas suportadas em biocarvão (BC), um material renovável e de baixo custo.
O BC foi obtido a partir do caroço de pequi, ativado com ZnCl2 e produzido via pirólise. Este material foi caracterizado por Fisissorção de Nitrogênio (BET), no qual apresentou uma elevada área superficial de 1577,80 m2 g-1 e um volume de poros de 0,79 cm3 g-1. Além disso, foi realizada a Espectroscopia no Infravermelho (FTIR), que, em comparação com a biomassa original, mostrou uma diminuição nas bandas associadas aos grupos hidroxila e carbonila, e o aparecimento de uma nova banda em relacionada às ligações duplas C=C, aumentando a aromaticidade do material. A espectroscopia Raman evidenciou as bandas D (1360 cm⁻¹) e G (1598 cm⁻¹), associadas a estruturas de carbono amorfo e carbono grafite, respectivamente. Por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), foi observado que o biocarvão apresenta uma superfície altamente fragmentada.
Inicialmente, fez-se uma triagem da eficiência de diferentes metais (Pt, Pd, Ru, Rh, Au, Ni e Co) suportados no BC na evolução de hidrogênio. Os ensaios foram realizados em um tubo Schlenk hermeticamente fechado e conectado a uma coluna de água. O volume de H2 foi medido avaliando-se o deslocamento de água na bureta. O paládio (Pd) e o rutênio (Ru) apresentaram as maiores Taxa de Geração de Hidrogênio (HGR). Diante disso, foi avaliada diferentes proporções da composição bimetálica, sendo que 40% Pd e 60% Ru apresentou a melhor performance. Em seguida, a atividade catalítica foi avaliada em diferentes doses dos metais, massa do BC, dose de NH3BH3 e temperatura da reação, sendo as condições ideais em 2 mmol %, 20 mg, 0,58 mol L-1 e 25°C, respectivamente. Com essa otimização, foi alcançado um valor de HGR de 13626,29 mL min-1. O desenvolvimento desse catalisador se mostrou bastante promissor para evolução de hidrogênio, e a otimização das condições reacionais resultou em um HGR comparável à relatada na literatura, reforçando o caráter sustentável do material.
Palavras-chave Hidrogênio, desenvolvimento sustentável, biocarvão
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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