| Resumo |
O presente trabalho aborda a temática da oficina “Desbravando a Universidade: sou o primeiro da família a ingressar na Universidade - e agora?” decorrente do projeto institucional “Integra Calouros”. A oficina foi desenvolvida pelo grupo Programa de Educação Tutorial (PET-Educação), composto por estudantes do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Viçosa, no campus Viçosa-MG. A oficina teve como objetivo orientar os estudantes ingressantes, provenientes da camada popular, sobre estratégias de permanência na universidade pública, no enfrentamento dos desafios acadêmicos e fortalecimento de sua autonomia intelectual e emocional. Nesse sentido, a ofocina trouxe reflexões de Paulo Freire, ao entender a permanência na universidade como um direito e um ato de resistência. O público alvo da oficina foi estudantes de graduação da Universidade Federal de Viçosa, especialmente os que são da primeira geração da família a ingressarem na Educação Superior pública. A chegada à universidade, para estes estudantes, é marcada por uma série de desafios que vão além do desempenho acadêmico. É necessário lidar com diferentes culturas e inseguranças, a falta de conhecimentos sobre as redes de apoio pode tornar o processo mais árduo. A oficina surge como uma ação informativa, com o intuito de contribuir para a permanência desses alunos. Foi proposta uma oficina, presencial, com uma abordagem dialógica e participativa. Foram elaborados slides em que foram apresentados aos calouros os recursos institucionais de apoio estudantil oferecidos pela UFV. Além disso, também foram apresentadas estratégias e práticas de organização dos estudos, redes de apoio e sobre o bem-estar emocional durante essa transição. Assim, apresentamos grupos e programas de inserção formativa, como os grupos PET's, as empresas juniores, grupos de pesquisas e centro acadêmicos. Esses espaços são importantes para um maior engajamento acadêmico, além de promover pertencimento aos alunos participantes. Além disso, abordamos experiências de vínculos a grupo universitários extracurriculares como de esportes, religiosos, línguas, artes, entre outros. Foi evidenciado como essas estratégias e os usos desses espaços no ambiente acadêmico permitem uma construção de um vínculo e de uma aprendizagem significativa. A atividade reafirmou o papel das ações extensionistas como espaços de formação reflexão crítica sobre o acolhimento no ambiente universitário, reforçando o compromisso do PET EDU com a democratização do acesso ao ensino superior. |