Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20614

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Eulálio Gutemberg Dias dos Santos
Orientador ELIZABETH PACHECO BATISTA FONTES
Outros membros Félkerson Marinho Ferreira, Fellipe Ramos Sampaio, PEDRO AUGUSTO BRAGA DOS REIS
Título Caracterização Epigenética do Distúrbio Fisiológico em Eucalyptus grandis e Sua Correlação com Padrões de Expressão Gênica
Resumo A Síndrome de Distúrbio Fisiológico do Eucalipto (SDFE) afeta diretamente a qualidade da madeira em árvores de Eucalyptus grandis nos estados brasileiros da Bahia e Espírito Santo. No entanto, a síndrome não ocorre em São Paulo, o que sugere que a SDFE é causada por estresses abióticos, uma hipótese apoiada por análises anteriores de transcriptomas induzidos pela SDFE. Neste estudo, analisamos regiões diferencialmente metiladas (DMRs) em caules e folhas, comparando o genótipo resistente 1404 com os genótipos suscetíveis 520 e 2361. Também identificamos DMRs induzidas pela SDFE em amostras sintomáticas dos genótipos 520 e 2361. As análises diferenciais de metilação foram realizadas utilizando a tecnologia de sequenciamento de genoma completo com bissulfito (WGBS). Além disso, dados de expressão gênica (RNA-Seq) foram utilizados para investigar a regulação epigenética associada à SDFE. O delineamento experimental incluiu três repetições biológicas para cada tratamento em árvores de E. grandis com sete meses de idade, cultivadas sob as mesmas condições ambientais e de manejo. Para o processamento dos dados de WGBS, utilizou-se a ferramenta de corte Trimmomatic, seguida de análise de qualidade com FastQC e PHred 33. O pacote Bismark foi empregado para mapear as leituras ao genoma de referência, remover leituras duplicadas e extrair os dados de metilação. A identificação das DMRs entre os tratamentos foi realizada com o software SekMonk, utilizando parâmetros estatísticos baseados no teste do qui-quadrado com valor de p < 0,05, teste binomial negativo com p < 0,05 e um limiar de diferença de metilação superior a 25%. A partir dos dados de RNA-Seq, a expressão diferencial de genes foi determinada com valor de p ajustado (pdj) < 0,05 e alteração de expressão com módulo de log₂FC superior a 1. A filtragem de qualidade removeu aproximadamente 10% dos nucleotídeos de baixa qualidade. A análise de componentes principais (PCA) e a matriz de correlação mostraram um agrupamento satisfatório entre os tratamentos dentro de cada genótipo. A análise de DMRs entre os genótipos suscetíveis e o resistente identificou várias regiões diferencialmente metiladas; no entanto, um número menor de DMRs foi encontrado na comparação entre amostras sintomáticas e assintomáticas do genótipo 520, na qual foram identificadas 202 DMRs, sendo 80 regiões hipermetiladas e 122 hipometiladas. No genótipo 2361, foram detectadas 1227 DMRs, incluindo 713 regiões hipermetiladas e 514 hipometiladas nas amostras sintomáticas em relação às assintomáticas. A integração dos resultados de expressão gênica com os perfis de metilação para os contrastes 520SS x 520AS e 2361SS x 2361AS revelou uma possível regulação epigenética de genes responsivos ao estresse abiótico, especialmente aqueles associados à reparação de DNA e à morte celular. Esses achados refletem as manifestações da SDFE.
Palavras-chave Epigenética, Distúrbio Fisiológico, Metiloma
Forma de apresentação..... Vídeo
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