Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20600

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Ambientais: ODS13
Setor Departamento de Química
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Iago Luis da Silva
Orientador FABIO DE AVILA RODRIGUES
Outros membros MARIA LUCIA CALIJURI, MAURINO MAGNO DE JESUS JUNIOR, Thiago Abrantes Silva
Título Viabilidade econômica da produção de bio-h2 por fermentação escura: limitações, desafios e oportunidades
Resumo O agravamento das mudanças climáticas e o aumento das emissões de gases de efeito estufa impulsionaram a busca por fontes limpas de energia, sendo um tema com grande relevância científica e tecnológica na atualidade. Nesse contexto, o biohidrogênio (bio-H2), produzido a partir de efluentes, desponta como uma alternativa promissora, com potencial para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e promover o reaproveitamento de resíduos orgânicos. Com o objetivo de avaliar sua viabilidade em escala industrial, foi realizada uma revisão na base ScienceDirect, priorizando estudos que continham os termos: (biohydrogen OR hydrogen) AND (economic analysis OR techno-economic analysis) AND (dark fermentation). Entre as rotas avaliadas, destaca-se a fermentação escura (FE). Embora o rendimento da FE seja inferior a processos como a eletrólise, o consumo energético é menor. Além disso, a FE aceita ampla variedade de substratos, desde efluentes da produção de café, panificação, melaço, cerveja até microalgas cultivadas em efluente, aumentando sua atratividade econômica. Estudos relataram a aplicação da FE para produção de bio-H2 a partir de efluentes orgânicos, com custos variando conforme o tipo de substrato, a complexidade do processo e a necessidade de purificação. A purificação, devido à baixa pureza do gás, foi um dos principais gargalos. Em um estudo em que se avaliou como substrato o efluente da produção de café, por exemplo, a purificação representou 40% do custo dos equipamentos, elevando o custo do bio-H2 para US$ 3,86/kg. Em estudo com efluente da indústria de panificação, o pré-tratamento respondeu por 49% dos custos e a purificação por 15%, resultando em US$ 14,89/kg. No caso do melaço tratado em reator do tipo tanque de mistura completa, os maiores custos foram atribuídos ao próprio reator e à purificação, com valor final de US$ 33,21/kg. Já o uso de efluente de cervejaria apresentou custo inferior (US$ 7,35/kg), embora a necessidade de inóculo tenha elevado o custo operacional. Esses dados reforçam que a escolha do substrato e a configuração do processo são fatores determinantes para a viabilidade econômica do bio-H2, sendo essencial priorizar rotas que minimizem etapas onerosas como pré-tratamento e purificação. Embora a fermentação escura apresente vantagens operacionais, as pesquisas com foco em redução dos custos devem continuar para aumentar a competitividade da rota. Como perspectiva futura, destaca-se a continuidade de estudos utilizando microalgas cultivadas em efluente como substrato na FE. Apesar das vantagens operacionais e ambientais, a literatura carece de estudos que abordem a produção de bio-H2 a partir de microalgas com análise econômica. Investigações nesse sentido podem representar uma oportunidade estratégica para o avanço de soluções sustentáveis, alinhadas aos princípios da economia circular.
Palavras-chave Bio-H2, análise de viabilidade econômica, fermentação escura
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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