| Resumo |
Introdução: Este trabalho surge a partir de um contexto marcado pelo desmonte da educação brasileira, sobretudo após vivenciarmos um governo de características fascistas e o advento da Covid-19, aprofundando ainda mais uma crise educacional que já estava posta. Nesse sentido, julgamos necessário revisitar os trabalhos de Paulo Freire e Bell Hooks, tecendo considerações a partir de dois conceitos fundamentais notadamente encontrado em seus estudos: a autonomia e emancipação do sujeito aprendiz. Estudar a educação a partir desses conceitos, nos ajudam (educadores e educandos) a romper com a opressão imposta nos tempos presentes. Posto isto, nosso estudo traz como questão a seguinte problemática: como educar-se para emancipação e autonomia do sujeito aprendiz? Com o intuito de respondermos a essa pergunta, utilizaremos como método: Nosso trabalho será de natureza qualitativa (Lüdke e André, 2014), a partir de uma revisão bibliográfica (Salvador, 1986). A matriz teórica que fundamentará nossos estudos será embasada em Freire: Educação Como Prática de Liberdade, Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia e Bell Hooks: Ensinando a Transgredir: a educação como prática de liberdade, Ensinando comunidade: uma pedagogia da esperança e Ensinando o Pensamento Crítico. Ambos os autores trazem em suas obras o pensamento crítico com o acento posto na educação. Ensina-nos a questionar que a nossa formação deve ser pensada no “ser mais” (Freire), no sujeito aprendiz capaz de transformar a si próprio e a realidade em que vive. Farão parte dos nossos estudos outros autores que discutem temáticas que dialogam com Freire e Hooks em uma perspectiva crítica da educação. Como resultado após as leituras, interpretação e discussão das obras citadas, nosso estudo prima por uma discussão em que os docentes e educandos percebam que o ato de ensinar e aprender deve transcender a transmissão de conhecimentos. Se faz urgente pensar com criticidade e compromisso, vislumbrando um futuro próspero para as futuras gerações. Como conclusão: Esperamos com nossos estudos, proporcionar a educação aos docentes e aos educandos, que eles tomem para si a sua autonomia, bem como a sua emancipação. Que todos e todas rompam com tudo aquilo que os oprimem. “A existência, porque humana, não pode ser muda, silenciosa, nem tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta à problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar. Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.” (Freire, 1987, p.50) |