Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20588

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS14
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Cidimar Estêvam de Assis
Orientador ELISABETH HENSCHEL DE LIMA COSTA
Outros membros Jorge Abdala Dergam dos Santos, Késsia Leite de Souza, Paula Nunes Coelho
Título Rumo à invasão? A dispersão da Pescada-amazônica Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840) na bacia do Rio Doce, Sudeste do Brasil
Resumo A Pescada-amazônica é um peixe predador nativo da bacia Amazônica que foi introduzido na bacia do Rio Doce para estimular a pesca esportiva e a piscicultura. Esta espécie foi detectada primeiramente na Lagoa Silvana, no município de Ipatinga-MG, localizado no trecho médio da bacia. A introdução de espécies não-nativas é um dos principais fatores responsáveis pela perda de biodiversidade. Esse fator é documentado na bacia do Rio Doce desde o início dos anos 1960, quando várias espécies de peixes foram introduzidas nos lagos do Médio Doce para estimular a pesca esportiva, e, nas décadas seguintes, foram observadas reduções da abundância e riqueza de espécies nativas nesses lagos. Até o momento, não é possível determinar se a Pescada-amazônica conseguiu colonizar todos os ambientes aquáticos da bacia do Rio Doce, mas sabemos que as espécies não-nativas têm alto potencial para se tornarem invasoras, principalmente quando essas espécies são predadoras e possuem valor comercial. A dispersão para novas áreas geográficas é um dos critérios fundamentais para classificar uma espécie como invasora, portanto, o objetivo deste estudo é mapear os novos registros de ocorrência da Pescada-amazônica na bacia do Rio Doce a partir do material depositado na Coleção Ictiológica do Museu de Zoologia João Moojen da Universidade Federal de Viçosa (MZUFV). A coleção ictiológica do MZUFV foi iniciada no final dos anos 1980, com predomínio de espécimes provenientes da bacia do Rio Doce, e continua em ampliação até o presente momento, totalizando mais de 30 anos de existência. Esse acervo foi consultado para obtenção de dados das localidades, como as coordenadas geográficas e datas de ocorrência da Pescada-amazônica na bacia, para elaboração dos registros históricos e do mapeamento das novas ocorrências da espécie na bacia. O mapeamento dos registros de ocorrência foi gerado no software Google Earth Pro. Foram encontrados 14 registros de ocorrência da Pescada-amazônica na bacia do Rio Doce, sendo estes: dois registros de ocorrência são espécimes coletados na Lagoa Silvana, no Médio Doce, e os demais são de quatro localidades do Baixo Rio Doce. Até o momento não há registros da Pescada-amazônica no Alto Rio Doce. Os espécimes coletados na Lagoa Silvana são considerados os primeiros registros publicados da espécie na bacia, a partir de coletas realizadas em dezembro de 2002. Já os espécimes coletados no Baixo Rio Doce são registros mais recentes, entre julho de 2024 até abril de 2025. Os resultados indicam que a distribuição geográfica da Pescada-amazônica se encontra em avanço na bacia do Rio Doce, tendo iniciado no Médio Doce e se estendeu até o Baixo Doce. Por isso, novos estudos de monitoramento na bacia serão fundamentais para elaborar medidas de controle que evitem a expansão da Pescada-amazônica ao longo de toda a bacia do Rio Doce.
Palavras-chave Espécies não-nativas, Invasões biológicas, Peixes
Forma de apresentação..... Painel
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