Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20585

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Polimar Ferreira Fonseca
Orientador HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF
Outros membros Aline Lage Wendling, ANA CLAUDIA PELISSARI KRAVCHYCHYN, JOSEFINA BRESSAN, Talitha Silva Meneguelli
Título Relação entre gordura troncular, antropometria, perfil lipídico e glicêmico, e o fenótipo metabólico em adultos com sobrepeso e obesidade: Estudo Castanhas Brasileiras
Resumo INTRODUÇÃO: A obesidade e o sobrepeso podem se apresentar em distintos perfis metabólicos, classificados como metabolicamente saudáveis ou não saudáveis, a depender da presença de alterações como dislipidemia, hipertensão e hiperglicemia. A gordura troncular, por refletir maior acúmulo de tecido adiposo visceral, contribui para um perfil cardiometabólico mais desfavorável, reduzindo a probabilidade de um fenótipo metabólico saudável. OBJETIVO: Investigar a relação entre a gordura troncular, antropometria, perfil lipídico e glicêmico, e o fenótipo metabólico em adultos com excesso de peso e obesidade participantes do Estudo Castanhas Brasileiras. METODOLOGIA: Estudo transversal com dados basais das três fases do Estudo Castanhas Brasileiras, incluindo 125 mulheres (32,2±8,3 anos; IMC: 34,1±4,5 kg/m²). Os estudos foram aprovados pelo Comitê de Ética (CEP/UFV) (2.832.601, 3.649.033 e 4.543.541) e registrado no ReBEC (RBR-3ntxrm, RBR-8zfn5c e RBR-8xzkyp2). O percentual de gordura troncular foi categorizado pelo percentil 50 (53,47%). O fenótipo metabólico foi classificado como saudável ou não saudável com base em glicemia de jejum (≥100 mg/dL), triglicerídeos (≥150 mg/dL) e/ou pressão arterial (≥130/85 mmHg). Foram analisadas variáveis antropométricas, pressão arterial, perfil lipídico e glicêmico. A normalidade foi testada por assimetria, curtose, gráficos e teste de Kolmogorov-Smirnov. Comparações entre grupos utilizaram o teste t de Student, e a associação com o fenótipo metabólico foi avaliada por regressão logística binária, com e sem ajuste por idade. As análises foram conduzidas no SPSS v.26, adotando-se nível de significância de 5%. RESULTADOS: Indivíduos com gordura troncular ≥ P50 apresentaram maior idade (29,5±7,2 vs. 34,9±8,5; p<0,001), glicemia de jejum (95,0±19,3 vs. 107,1±40,7; p=0,037), triglicerídeos (103,3±37,6 vs. 133,4±73,3; p=0,005), VLDL (20,7±7,5 vs. 26,7±14,7; p = 0,005) e pressão arterial diastólica (75,5 ± 7,5 vs. 80,5±11,0; p=0,004), em comparação àqueles com menor percentual de gordura troncular, além de menor circunferência do quadril (119,2±8,1 vs. 115,7±9,2; p=0,027). Esses indivíduos tiveram 55% menos chance de apresentar o fenótipo metabólico saudável (OR=0,45; p=0,026), mas essa associação perdeu significância após ajuste por idade (OR=0,60; p=0,187), que se manteve associada ao desfecho (OR=1,06; p=0,013). CONCLUSÃO: Indivíduos com maior percentual de gordura troncular apresentaram piores desfechos metabólicos e menor prevalência do fenótipo metabólico saudável. Embora a associação entre gordura do tronco e o fenótipo metabólico tenha perdido significância após ajuste por idade, a idade se manteve como um fator significativamente associado, sugerindo que parte da influência da gordura troncular sobre o risco metabólico pode ser mediada pelo envelhecimento. Esses achados destacam a relevância da distribuição da gordura corporal, especialmente na região troncular, na avaliação do risco cardiometabólico.
Palavras-chave Fenótipo Metabólico, Gordura Troncular, Risco Cardiometabólico
Forma de apresentação..... Vídeo
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