Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20581

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Institucionais: ODS16
Setor Colégio de Aplicação - Coluni
Bolsa PIBIC Ensino Médio
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gleiciele das Graças Loures Ribeiro
Orientador GERALDO ADRIANO EMERY PEREIRA
Outros membros ANA PAULA DE BARROS MOTA
Título Sobre os sentimentos da política: a leitura arendtiana da categoria rousseauniana da intimidade.
Resumo O presente trabalho tem o objetivo de analisar um possível diálogo sobre "sentimentos da política" entre Hannah Arendt e Jean-Jacques Rousseau, a partir da categoria da intimidade. Para isso, foram realizadas leituras de textos pertinentes ao assunto, sendo eles “A Condição Humana”, de Arendt, “Discurso sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens” e “Os devaneios do caminhante solitário”, ambos de Rousseau. A proposta é compreender como o conceito rousseauniano da intimidade colabora para a distinção entre as esferas pública, privada e social no texto arendtiano, como isso afeta o entendimento da vida política moderna e aprofundar no modo como o autor genebrino expõe a temática dos afetos e do julgar.

Para Arendt, a vida ativa tem três atividades: o labor (sobrevivência), trabalho (criação) e ação (interação política). Nesse contexto, a ação é essencialmente pública, o que torna o homem um animal social. É neste contexto que Arendt vê na modernidade uma categoria que supera a clássica separação entre público e privado, para ela essa categoria é o social. Quanto a Rousseau, buscou-se entender conceitos como o estado de natureza do homem, liberdade, piedade, amor próprio, perfectibilidade e desigualdade, enfatizando que, segundo ele, o ser humano era inerentemente bom, possuindo sentimentos genuínos, não afetados por influências artificiais, e que a vida "civilizada" distorceu esses sentimentos. Com base nisso, o autor propõe que devemos retornar aos nossos instintos primitivos, ou seja, nossa intimidade, por meio de um julgamento justo. Outro ponto relevante é que o julgamento moral justo exige mais do que distanciamento neutro; requer reconhecimento e identificação com o outro, processo que Rousseau denomina “expansão”. Essa ideia, que na pesquisa será posteriormente relacionada ao debate arendtiano sobre os “sentimentos da política”, é uma via de articulação com a categoria moderna de intimidade.

A metodologia consistiu na seleção de 14 artigos acadêmicos encontrados em bases como SciELO e Google Acadêmico, com foco no diálogo Arendt-Rousseau. Foram estabelecidos critérios de inclusão e exclusão em função da proximidade ou não da temática investigada, e análise crítica dos artigos selecionados.

Como discussão, foram listados os principais artigos coletados, com destaque para a escassez de produções que abordem diretamente a intimidade como categoria política. Uma possível solução apontada seria a elaboração de uma análise própria dessa noção, a partir das leituras.

Por fim, é válido mencionar que a pesquisa foi iniciada por uma bolsista e continuada por outra, substituta. No entanto, ambas colaboraram com as discussões e com a realização do trabalho.
Palavras-chave Arendt, Roussseau, intimidade
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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