Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20568

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS14
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Isabella Gonzalez Gamboa
Orientador ANA LUCIA SALARO
Outros membros Camilo Andres Roa Fuentes, ELISABETH HENSCHEL DE LIMA COSTA, Jaquelini de Oliveira Zeni
Título Avaliação da Originalidade e Singularidade Funcional de Peixes nativos e não-nativos no Alto Paraná
Resumo A diversidade funcional é uma ferramenta utilizada para avaliar ecossistemas com base nas funções das espécies presentes, e não apenas em sua ocorrência. Em peixes, a morfometria é amplamente empregada para medir essa diversidade, pois permite inferir características ecológicas por meio de traços. Os traços são características morfofisiológicas que afetam a aptidão das espécies indiretamente, por meio de seus efeitos sobre o crescimento, a reprodução e a sobrevivência. Utilizar os traços para identificar espécies com funções raras, que não são desempenhadas por outras, é útil para orientar a conservação, por meio da avaliação da originalidade e singularidade funcional. O objetivo do trabalho foi avaliar a singularidade e a originalidade de espécies nativas e não-nativas do Alto Paraná. Foram analisados peixes das coleções ictiológicas da UNESP e UEMG, com indivíduos coletados em duas sub-bacias: Turvo Grande e São José dos Dourados (São Paulo). Mediram-se de cinco a 30 indivíduos por espécie e 16 traços morfofuncionais. A análise de coordenadas principais (PCoA) foi utilizada para estimar a originalidade (OR), como a distância euclidiana à posição média do conjunto de espécies, e a singularidade (SIN), como a distância ao vizinho mais próximo no espaço funcional. No total, foram avaliadas 10 espécies sendo cinco nativas e cinco não nativas. Os dois primeiros eixos do PCoA explicaram 60,86% da variância entre as espécies analisadas. A OR mostrou que, em ordem, os Cyprinodontiformes são os que apresentam maior originalidade em geral, seguidos pelos Siluriformes entre as nativas e pelos Cichliformes entre as não nativas. As espécies que apresentaram maior singularidade foram M. pictus, P. reticulata e A. fuscoguttatus. A SIN também apresentou resultados semelhantes aos da originalidade, sendo as espécies do grupo Cyprinodontiformes as mais singulares, especialmente a espécie nativa M. pictus. As menos singulares foram P. fasciatus e K. moenkhausii. Neste caso, ficou evidente que não necessariamente as espécies nativas são originais ou singulares, mas isso depende da função que desempenham e de como a forma do corpo está adaptada ao habitat. Ao analisar indivíduos das espécies, observa-se que há variação entre eles, sendo que os Cyprinodontiformes e os Siluriformes apresentam variações mais significativas. Isso indica uma maior variação a nível funcional, relacionada à morfologia corporal. É fundamental avaliar essas espécies para proteger os habitats das nativas e compreender o papel das não nativas, além de identificar quais poderiam ser substituídas, caso fosse viável, uma vez que, neste momento, todas estão cumprindo uma função específica em cada local que habitam.
Palavras-chave peixes, riachos, traço
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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