Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20548

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Nayara Flores Fonseca
Orientador CESAR AUGUSTO SODRE DA SILVA
Outros membros JANE SELIA DOS REIS COIMBRA, José Roberto Miranda Júnior, REJANE DE CASTRO SANTANA, Tamires Souza Silva
Título Avaliação do método de rompimento celular da microalga Tetradesmus obliquus para a produção de extratos proteicos
Resumo As microalgas presentes em quase todos os ambientes, destacam-se pela alta eficiência fotossintética e baixo impacto ambiental. A microalga Tetradesmus obliquus, em especial, apresenta crescimento rápido, resiliência às flutuações climáticas e composição rica em proteínas, lipídeos, pigmentos; biocompostos valiosos para aplicações industriais. Este estudo avaliou o efeito do método de rompimento da parede celular e da técnica de extração, com o objetivo de produzir extratos proteicos com aplicação na indústria de alimentos. Para o rompimento celular, a biomassa seca de T. obliquus foi: submetida a moagem em moinho de bolas; solubilizada com água destilada (1:10 m/v) em meio alcalino (pH 10); e agitada magneticamente para maior homogeneização e hidratação. Após centrifugação (5000 g, 5 min), o sobrenadante contendo as proteínas dissolvidas, foi coletado e o precipitado reidratado novamente em meio alcalino por mais duas vezes. Os sobrenadantes resultantes foram liofilizados, obtendo-se o extrato proteico controle (PC). Em seguida, foi avaliada a extração de proteínas por precipitação isoelétrica, ajustando o pH do sobrenadante para 2,5 (ponto isoelétrico da proteína), seguida de centrifugação (5000 g, 10 min). O precipitado foi coletado e posteriormente liofilizado, originando o segundo extrato proteico (PA). Visando comparar os métodos de rompimento, avaliou-se a combinação de moinho de bolas e ultrassom. A biomassa rompida por moinho foi homogeneizada em água destilada e submetida ao ultrassom, repetindo-se o processo de extração isoelétrica e liofilização, resultando no extrato proteico de rompimento combinado (PB). Os extratos foram submetidos à análise de composição centesimal aproximada. Antes da ruptura, a biomassa continha 40,29 ± 0,24% de proteínas. O extrato PC apresentou o menor teor de proteína (26,58 ± 0,39%). Já o teor de proteína do PA e PB foi significativo (> 40%), sendo que o PB apresentou o maior rendimento de extração (21,10 ± 0,32%). A metodologia aplicada para extração de proteínas também resultou na liberação de pigmentos. O extrato PC apresentou coloração clara com forte tonalidade amarela (b+) e leve tonalidade esverdeada (a-). O extrato de PA apresentou coloração mais escura que o PC, com leve coloração vermelha e moderadamente amarelada, produzindo uma coloração marrom clara. O extrato PB apresentou quantidades de pigmentos estimadas em 0,24 ± 0,01%, 0,05 ± 0,01% e 3,10 ± 0,24% para clorofila a, clorofila b e carotenoides, respectivamente. De acordo com os resultados, a combinação de métodos de extração rompeu eficientemente a parede celular da microalga e liberou proteínas intracelulares sem alterar seu estado nativo, originando extratos proteicos de alta qualidade. Além disso, a avaliação colorimétrica ofereceu uma abordagem analítica rápida e não destrutiva para inferir perfis de pigmentos em bioprodutos de microalgas e pode ser valiosa para o controle de qualidade e monitoramento da purificação de extratos.
Palavras-chave Moinho de bolas, ultrassom, ponto isoelétrico
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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