Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20546

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS13
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Wesley da Silva Fonseca
Orientador SEBASTIAO VENANCIO MARTINS
Outros membros Adriely Yasmim Nogueira Abreu, Fagner Darlan Dias Corrêa, Laily Katerin Sanchez Dueñez, Yasmim Gunz da Cruz
Título Estrutura diamétrica e estoque de carbono em plantios de Anadenanthera peregrina para recuperação de áreas pós-mineração de bauxita na Zona da Mata de Minas Gerais
Resumo A recuperação de áreas mineradas desempenha papel estratégico na mitigação das mudanças climáticas. Nesse contexto, compreender a distribuição diamétrica do estoque de carbono é fundamental para avaliar o desempenho estrutural dos plantios e seu potencial de estocagem na biomassa aérea. Este estudo teve como objetivo avaliar a distribuição diamétrica do carbono estocado na biomassa aérea de plantios de Anadenanthera peregrina estabelecidos em área pós-mineração de bauxita, após 14 anos de recuperação. O estudo foi realizado em uma área experimental pertencente à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), no município de São Sebastião da Vargem Alegre, Minas Gerais. Como medidas de recuperação, foram realizadas a reconformação topográfica, a transposição do topsoil (retirado antes da mineração de bauxita), subsolagem e fertilização. Em 2011, foram instaladas 12 parcelas de 10 × 18 m, nas quais foi realizado o plantio homogêneo de A. peregrina, com espaçamento de 3 × 2 m entre as mudas. A equipe do Laboratório de Restauração Florestal (LARF) realizou a mensuração dos indivíduos. A biomassa acima do solo (BAS) foi estimada por meio de uma equação alométrica geral, utilizando o diâmetro à altura do peito (DAP, em cm), a altura total das árvores (H, em metros) e a densidade da madeira (ρ, em g·cm⁻³). Posteriormente, a BAS foi multiplicada por um fator de conversão de 0,47 para estimar o estoque de carbono acima do solo. As classes de DAP foram estabelecidas com amplitude de 5 cm, variando de 3 a 38 cm. Como resultado, o estoque de carbono acima do solo estimado nas parcelas foi de 177,39 Mg ha⁻¹. A análise da distribuição do estoque de carbono por classes diamétricas indicou que os maiores estoques foram encontrados nas faixas de 18 |— 23 cm e 23 |— 28 cm, com valores de 46,8 e 46,6 Mg ha⁻¹, respectivamente. Embora a classe inicial de 3 |— 8 cm tenha registrado o maior número de fustes (87), sua contribuição para o estoque total foi baixa, correspondendo a apenas 2,23 Mg ha⁻¹. Em contrapartida, a classe 33 |— 38 cm, embora representada por apenas 7 fustes, concentrou 14,8 Mg ha⁻¹ de carbono. As análises indicam a formação de uma heterogeneidade estrutural significativa, mesmo em plantios homogêneos. A. peregrina destacou-se como espécie-chave no acúmulo de biomassa e carbono, apresentando estoques expressivos para áreas em recuperação na Mata Atlântica. Esses resultados demonstram a efetividade das ações de recuperação ambiental adotadas pela empresa mineradora e contribuem para a sustentabilidade da mineração de bauxita.
Palavras-chave Biomassa acima do solo, mineração sustentável, mudanças climáticas
Forma de apresentação..... Painel
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