Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20526

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Bruno Otávio Rodrigues
Orientador ANDREIA QUEIROZ RIBEIRO
Outros membros Ângela Maria Natal de Souza, Fernanda Gaspar Gróla, Rosane Harter Griep
Título Baixa ingestão proteica em pessoas idosas brasileiras: magnitude e fatores associados
Resumo Introdução e Objetivo: O envelhecimento é um processo natural caracterizado por um conjunto de alterações biológicas e sociais que podem impactar em diversos aspectos na vida da pessoa idosa. A perspectiva atual aponta para um aumento da população idosa, aumentando também a necessidade de atenção à saúde da pessoa idosa, visando a autonomia e qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de baixa ingestão proteica em idosos brasileiros e identificar seus fatores associados, com foco em variáveis sociodemográficas, comportamentais e de saúde. Métodos : Trata-se de um estudo transversal com 5.459 indivíduos com 60 anos ou mais de idade, participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), uma investigação de coorte multicêntrica. Dados sobre ingestão de proteínas foram obtidos por questionário de frequência de consumo alimentar, considerando como baixa ingestão proteica quando o consumo foi <1,0 g/Kg/dia. Foi utilizado o teste quadrado de Pearson para avaliar os fatores associados à baixa ingestão de proteínas. As variáveis que apresentaram associação com o desfecho na análise bivariada, com um valor-p < 0,20 foram selecionadas para a análise de regressão logística múltipla. O nível de atividade física no lazer foi obtido através do questionário internacional de atividade física (IPAQ), e a classificação do IMC proposto pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) foi utilizada: baixo peso; <23 kg/m2, eutrofia; 23-28 kg/m2 e excesso de peso >28 kg/m2).Resultados e Discussão: A prevalência de baixa ingestão proteica foi de 15,8%. A análise bivariada mostrou maior prevalência de baixa ingestão entre mulheres, separados ou divorciados, indivíduos com ensino superior completo, aqueles classificados com atividade física leve no lazer, hipertensos e indivíduos com excesso de peso. Entretanto, na análise de regressão múltipla, apenas o excesso de peso manteve-se independentemente associado à baixa ingestão proteica (OR: 2,24; IC95% 1,89–2,64). Essa relação pode refletir um ciclo vicioso entre ganho de gordura e perda de massa muscular, característico da obesidade sarcopênica, que compromete a funcionalidade física e a qualidade de vida da pessoa idosa. No envelhecimento pode ocorrer redução da massa muscular, força, dificuldade na deglutição e mastigação. Essas mudanças podem favorecer a perda de massa corporal e a obesidade. Conclusão: A baixa ingestão de proteínas mostrou-se associada ao excesso de peso em pessoas idosas, destacando a necessidade de intervenções para garantir aporte proteico adequado, minimizando desfechos como a obesidade sarcopênica. Estudos longitudinais são necessários para aprofundar o entendimento dessas associações e embasar políticas públicas voltadas à saúde da população idosa.
Palavras-chave Proteínas, excesso de peso, pessoa idosa
Forma de apresentação..... Vídeo
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