Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20516

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gabriel Filipe Rodrigues Silva Barboza
Orientador MARLI DO CARMO CUPERTINO
Outros membros ADRIANO SIMOES BARBOSA CASTRO, CERES MATTOS DELLA LUCIA, Jemina Duarte Oliveira, Lívya Alves Oliveira
Título Ação moduladora do Camu camu (Myrciaria dubia) sobre a glutationa s-transferase renal em modelo murino de obesidade induzida por dieta hipercalórica
Resumo A obesidade atingiu 2,5 bilhões de adultos em 2022, predispondo à disfunção de múltiplos órgãos, incluindo os rins, em decorrência do estresse oxidativo exacerbado e inflamação crônica de baixo grau, sendo a suplementação com de extratos de plantas como o camu camu (Myrciaria dubia) uma estratégia promissora para minimizar as alterações. No entanto, a aplicação terapêutica de frutas exóticas exige rigorosa avaliação toxicológica, como é o caso da carambola (Averrhoa carambola), cujo consumo pode desencadear nefro e neurotoxicidade grave devido à presença da caramboxina e alta concentração de oxalato. Assim, objetivou-se avaliar a influência da suplementação com extrato liofilizado de camu camu sobre a atividade da GST no tecido renal de camundongos submetidos a obesidade induzida por DH. Após aprovação da CEUA/UFV (10/2023), doze camundongos machos C57BL/6, foram alocados em três grupos (n=4): i) CT (controle, dieta normocalórica); ii) HFHF (DH para indução de obesidade); e iii) HFCC (DH suplementada com camu camu). A obesidade foi induzida mediante DH com alto teor de carboidratos simples (frutose), modelo validado de disfunção metabólica e estresse oxidativo sistêmico. O extrato de camu camu foi incorporado à dieta dos animais do grupo HFCC a partir da sétima semana, sem interrupção da dieta hipercalórica. Ao término das 12 semanas, os animais foram eutanasiados e os rins foram processados para análise bioquímica da atividade de GST tissular através de espectrofotometria. A análise estatística realizada por ANOVA unidirecional, seguida de pós-teste de Tukey (α = 0.05) e resultados expressos como média e desvio padrão. Os resultados da atividade de GST renais (U/mg de proteína) foram maiores em CT (7,12±0,55) em relação a HFHF (6,15±0,16) indicando redução da atividade de GST, associado a possível estresse oxidativo ou disfunção no sistema de desintoxicação renal, desencadeando acúmulo de espécies reativas de oxigênio associadas à obesidade. No grupo HFCC (7,59±0,59) os valores foram semelhantes a CT e valores maiores que HFHF sugerindo efeito restaurador do camu camu. Em dietas hipercalóricas (DH) ricas em frutose e gorduras saturadas a integridade do sistema antioxidante endógeno assume papel central na defesa tecidual, e entre as enzimas destaca-se a glutationa S-transferase (GST), responsável pela conjugação da Glutationa reduzida (GSH) com xenobióticos e espécies reativas, promovendo sua neutralização e excreção. O camu camu destaca-se por sua composição fitoquímica rica em vitamina C, antocianinas e flavonoides com reconhecida ação redox e a recuperação da concentração do GST no grupo HFCC corrobora a hipótese de que compostos fitoquímicos do camu camu (ácido ascórbico e antocianinas) exercem efeitos citoprotetores renais por mecanismos antioxidantes diretos e/ou indiretos. Conclui-se que o camu camu é capaz de restaurar as concentrações renais de glutationa s-transferase em modelo murino de obesidade induzida por dieta hipercalórica.
Palavras-chave Nutrição, estresse oxidativo, nefrotoxicidade
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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