Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável
20 a 25 de outubro de 2025
Trabalho 20501
| ISSN | 2237-9045 |
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| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Dimensões Sociais: ODS4 |
| Setor | Departamento de Letras |
| Bolsa | Não se Aplica |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Primeiro autor | Jhonata Cabral |
| Orientador | ELISA MATTOS DE SA |
| Título | O inglês (im)possível: identidade e ideologias linguísticas na formação docente em Letras na UFV |
| Resumo | O aprendizado de línguas adicionais é atravessado por uma complexa rede de ideologias linguísticas — entendidas como sistemas de crenças, valores e afetos socialmente construídos a partir dos usos das línguas em contextos diversos. Essas ideologias não apenas moldam percepções sobre o que é considerado “falar bem” uma língua, mas também impactam diretamente a forma como aprendizes se percebem enquanto sujeitos legítimos nesse processo, influenciando sua autoestima, identidade e engajamento com a aprendizagem. Este trabalho tem como objetivo investigar os efeitos dessas ideologias sobre estudantes de Letras da Universidade Federal de Viçosa (UFV) que cursam a dupla habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, com foco na relação entre identidade, autoestima e processos de legitimação discursiva no contexto da formação docente. Parte-se do pressuposto de que a valorização hegemônica de variedades de prestígio da língua inglesa — como o inglês britânico e o norte-americano — articulada à pressão por fluência, à glotofobia e ao capitalismo linguístico (Duchêne; Heller, 2012) contribui para a construção de sentimentos de inadequação entre estudantes brasileiros. A crença de que a proficiência legítima se associa à fala “nativa” ainda é amplamente disseminada, desvalorizando trajetórias plurilíngues e reforçando a marginalização de formas alternativas de apropriação da língua, como o chamado “inglês brasileiro” (Barcellos, 2003; Rajagopalan, 2003). Esta é uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo-analítico, com coleta de dados a ser realizada por meio de questionário com perguntas abertas e fechadas. Participam do estudo estudantes da licenciatura em Letras/Português-Inglês que se identificam com os temas abordados. O projeto será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa, respeitando os princípios éticos que regem estudos com seres humanos. A análise será conduzida à luz de referenciais teóricos sobre ideologias linguísticas, identidade, afetividade e ensino de línguas adicionais (Pennycook, 2001; Blackledge; Pavlenko, 2004; Norton, 2013). Partindo da revisão bibliográfica, foco deste painel, e com base no desenho da pesquisa, espera-se que os resultados revelem as tensões vividas por esses sujeitos na construção de suas identidades como professores(as) e usuários(as) legítimos(as) da língua inglesa, destacando como os discursos internalizados podem (des)valorizar formas locais de uso da língua. Ao problematizar a busca por um ideal de proficiência inatingível, este trabalho busca fomentar reflexões críticas sobre as práticas pedagógicas no ensino de língua inglesa, valorizando a diversidade linguística e reconhecendo trajetórias de aprendizagem situadas como legítimas formas de conhecimento e atuação profissional. |
| Palavras-chave | Ideologias linguísticas, identidade, língua inglesa |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
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