Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20486

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS4
Setor Departamento de Educação
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ligia Goncalves Honorio de Oliveira
Orientador BETHANIA MEDEIROS GEREMIAS
Outros membros João Vitor de Almeida Milagres, Samara Cardoso Faria Andrade
Título Tecnologias na Educação e Inteligência Artificial Generativa: saberes culturais e práticas criativas na formação inicial docente.
Resumo A Inteligência Artificial Generativa (IAG) se insere no campo da ciência da computação e no contexto educacional tem sido utilizada como recurso pedagógico, por sua capacidade de criar novos conteúdos — como produções escritas, visuais e multimodais (texto, imagem, áudio e vídeo, etc.) — baseando-se em padrões de grandes volumes de dados e visando simular a criação humana. Este trabalho analisa o uso da IAG como recurso pedagógico na produção cultural e educacional, a partir da elaboração do livro digital A Lenda do Guaraná: Vozes Indígenas em Versos de Cordel, desenvolvido na disciplina Tecnologias na Educação do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Viçosa. O estudo está associado a dois projetos de Iniciação Científica: Integração e exploração crítica de ferramentas de IA no ensino: mapeamento, estratégias didáticas e análise de seus efeitos na prática educativa universitária (Fapemig 2025/2026 - CEP parecer n. 7.283.425), e Chatbots na Educação: explorando os discursos midiáticos sobre os usos da Inteligência artificial e seus produtos nos processos educacionais (CNPq 2024/2025), que buscam investigar discursos e potencialidades do uso da IAG nos processos educativos universitários. Conforme Santos (2023), a IA favorece práticas inovadoras e colaborativas, mas exige postura crítica e ética dos educadores, em consonância com uma educação humanizadora. A metodologia baseou-se em relato de experiência acadêmica, em que estudantes utilizaram a IAG para explorar e produzir materiais paradidáticos, avaliando suas contribuições e limitações, com destaque para as representações culturais e a mediação docente. Os resultados dessa atividade e análise de seu processo de produção apontam que as IAG contribuem para a diversificação dos materiais pedagógicos, promovendo o letramento digital — compreendido como a habilidade de interpretar, produzir e interagir com linguagens digitais (Ogunleye et al., 2024) — e ampliando o uso de linguagens multimodais no ensino, favorecendo uma comunicação acessível (Wang; Zainuddin; Leng, 2025). Contudo, durante a criação do cordel com o uso de IAGs houve limitações nas ilustrações e nos textos gerados, que nem sempre representaram adequadamente as realidades socioculturais, evidenciando a necessidade de uma mediação humana crítica. A integração do cordel com a temática indígena mostrou-se uma escolha pedagógica potente, alinhada à concepção freireana da educação como prática ética, estética e política (Freire, 1993). Frente à homogeneização promovida por algoritmos pouco sensíveis à diversidade, a valorização da oralidade, dos saberes populares e das identidades culturais torna-se ato de resistência. Considera-se que as IAGs, apesar das potencialidades, não substituem a ação docente, mas podem ser uma aliada se usada com ética. Isso reforça a importância da formação contínua para o uso crítico e criativo dessas tecnologias, valorizando o papel do educador na construção de uma educação justa e libertadora.
Palavras-chave educação crítica, inteligência artificial generativa, formação docente.
Forma de apresentação..... Vídeo
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