Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20485

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Laura Soares Fraga
Orientador CARLA DE OLIVEIRA BARBOSA ROSA
Outros membros JOSEFINA BRESSAN, Layla Fagundes de Souza, Natália da Silva Bomfim, RITA DE CASSIA GONCALVES ALFENAS
Título Biomassa de banana verde reduz constipação e preserva o conforto gastrointestinal em adultos com excesso de peso: ensaio clínico randomizado e duplo-cego.
Resumo Introdução: A biomassa de banana verde (BBV) é rica em amido resistente tipo 3, uma fibra fermentável que atua como prebiótico e pode melhorar a função gastrointestinal. Sintomas gastrointestinais (GI), como constipação e inchaço, são comuns em pessoas com excesso de peso. No entanto, não foram identificados estudos clínicos controlados que avaliem o efeito da BBV sobre esses sintomas em adultos com excesso de peso e gordura corporal. Objetivos: Avaliar os efeitos da ingestão de BBV sobre sintomas GI em adultos com excesso de peso e gordura corporal. Metodologia: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado (ReBEC: RBR-379g2cz), com 65 participantes alocados para consumir diariamente, no desjejum, bebida contendo 40 g de BBV (grupo biomassa, n=30) ou banana madura (grupo controle, n=35), associados a plano alimentar com restrição calórica de 500 kcal/dia. Os sintomas GI foram avaliados pela Gastrointestinal Symptom Rating Scale (GSRS), composta por 15 itens: dor abdominal, azia, refluxo, dor de fome, náuseas, ruídos estomacais, inchaço, arroto, flatulência, constipação, diarreia, fezes moles, fezes duras, urgência evacuatória e esvaziamento intestinal incompleto. As respostas foram recategorizadas como “ausente” (pontuação 1) ou “presente” (pontuações 2 a 7). Comparações entre grupos nos tempos T0, T6 e T12 foram realizadas pelos testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, e variações intragrupo foram avaliadas pelo teste de McNemar, com p<0,05. Resultados: Ao final da intervenção (T12), o grupo biomassa apresentou menor frequência de fezes duras (30,0%) comparado ao grupo controle (57,1%) (p = 0,028). Na análise intragrupo, o grupo biomassa apresentou aumento de arroto (T6 vs. T12, de 10 para 18 casos; p = 0,021) e de flatulência (T6 vs. T12, de 18 para 28 casos; p = 0,002), sem alterações nos demais sintomas. No grupo controle, houve aumento de azia (T6 vs. T12, de 4 para 12 casos; p = 0,021), flatulência (T6 vs. T12, de 21 para 30 casos; p = 0,035) e fezes duras (T0 vs. T12, de 10 para 20 casos; p = 0,013). Não foram observadas diferenças para os demais sintomas em nenhum dos grupos. Conclusão: A ingestão de BBV por 12 semanas resultou em menor prevalência de fezes duras e estabilidade da maioria dos sintomas gastrointestinais, enquanto o consumo de banana madura esteve associado ao aumento desses sintomas. Este estudo pioneiro demonstra que a forma de preparo e o estágio de maturação da banana influenciam os sintomas gastrointestinais em adultos com excesso de peso, sugerindo que a BBV pode ser uma alternativa promissora para melhorar o conforto digestivo em intervenções nutricionais.
Palavras-chave Biomassa de banana verde, amido resistente, sintomas gastrointestinais
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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