Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20475

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS10
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Isadora Renault Grossi Penna Esteves
Orientador MARCIA BARROSO FONTES
Título A monoparentalidade feminina e sua situação econômica: um olhar a partir das redes de apoio
Resumo A sociedade está em constante transformação e, com isso, surgem diferentes arranjos familiares que desconstroem a ideia de modelo único de família nuclear historicamente definido - constituído por um homem na figura paterna, uma mulher na figura materna e seus filhos, cada um com seus papéis sociais. A monoparentalidade feminina caracteriza-se como um arranjo familiar em que a mulher apresenta-se como única responsável pelos filhos. Portanto, observa-se que nesses casos a renda familiar pode ser afetada por diversos fatores econômicos, sociais, culturais e históricos: a inserção tardia das mulheres no mercado de trabalho; a responsabilidade pelas tarefas do cuidado atribuída unicamente às mulheres; as desigualdades salariais e empregatícias entre os gêneros; e a visão preconceituosa e conservadora sobre os papéis sociais delineados na sociedade. Com isso, percebe-se que diversas instituições sociais e econômicas são utilizadas como importantes redes de apoio para essas famílias, sendo assim uma forma de auxiliar, de maneira direta ou indireta, na renda das mesmas. Assim, é importante destacar que as redes de apoio são aqui compreendidas como informais (família, amigos, projetos sociais, ONGs, dentre outros) e formais (instituições governamentais que atuam através de políticas públicas sociais). Dessa forma, a pesquisa em questão objetivou investigar as condições econômicas dos domicílios referenciados por mulheres, levando em consideração a participação das redes de apoio na renda familiar. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica de estudos relacionados à temática e entrevistas seguindo um roteiro semi estruturado numa amostra de cinco mulheres pertencentes ao arranjo familiar monoparental na condição de responsáveis pelos filhos e domicílios. Ambas residentes, até o momento da entrevista, em domicílios localizados no Conjunto Habitacional Benjamin José Cardoso (Coelhas) de Viçosa - MG e atendidas pela ONG ARCAH. Os resultados apontam que as mulheres mães são consideradas, de maneira geral, as principais responsáveis pelo cuidado de seus filhos, bem como pela renda necessária para o sustento dos mesmos. Além disso, destacou-se que entre as entrevistadas: nenhuma possui vínculo de trabalho formal, buscando a informalidade e trabalhos temporários; todas recebem algum auxílio governamental (em especial o Bolsa Família); as principais redes de apoio identificadas foram as informais, especialmente os amigos, vizinhos, familiares e a ONG ARCAH, mas também foram apontadas instituições governamentais como CRAS e CREAS. Com isso, foi possível concluir que a realidade social e financeira das famílias monoparentais femininas não é favorável, sendo necessário procurar auxílios em diferentes redes de apoio. Assim, evidencia-se que as redes de apoio formais e informais são fundamentais para a manutenção dessas famílias, tanto com relação ao cuidado, quanto ao sustento e ajuda financeira.
Palavras-chave monoparentalidade feminina, renda, redes de apoio.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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