| Resumo |
Este trabalho tem por objetivo fazer a fazer um levantamento metodológico do uso do sensoriamento remoto no âmbito do clima urbano, iniciando pela revisão bibliográfica de dezenas de materiais produzidos, logo após iniciou-se o processo de filtragem dos que se enquadravam no tema proposto para o levantamento, em seguida a organização dos arquivos, com principal foco na metodologia de desenvolvimento. Após organizados iniciou-se a discussão sobre as técnicas implementadas para o uso do sensoriamento remoto no clima urbano, quais regiões mais produziram materiais? Qual as principais ferramentas de trabalho? Qual a principal metodologia? Observou-se que a região Sudestes é a que produziu a maior quantidade de trabalhos, com maior enforque para os municípios de São Paulo, as principais ferramentas utilizadas, são as imagens disponíveis no site USGS, e os softwares livre de SIGs, e as principais metodologias são o Índice de Vegetação Normalizadas (NDVI) e a formula de Temperatura de Superfície Terrestre (TST), observou-se que mesmo em um período de aproximadamente 28 anos e juntamente com a evolução das ferramentas, a metodologia não se alterou, um situação consideravelmente preocupante, tendo em vista que ocorreu uma cristalização da metodologia, as poucas variáveis que surgiram em relação aos trabalhos, foram as comparações com outras metodologias para capturar os índices de temperatura dos locais de estudo, como a instalação de abrigos meteorológicos equipados com data loggers, essa metodologia não é considerada como sensoriamento remoto, mas a aplicabilidade conjunta permite uma validação dos dados coletados por via satélite. Essa estagnação do método, não produz resultados diferentes, resultando em pouca variabilidade nas análises das ilhas de calor urbano, junto a isso, demonstra uma baixa apropriação da ferramenta por parte dos climatólogos urbanos, ferramenta essa que permite uma infinidade de possibilidades e novas analises do objeto de pesquisa. Este levantamento permitiu observar que em território nacional, as analises das ilhas de calor urbanas ainda engatinham nos usos de novas ferramentas tecnológicas, sendo necessária uma dedicação por parte dos pesquisadores para melhor apropriação e aplicabilidade do sensoriamento remoto em suas pesquisas. |